A Federação Paulista de Futebol (FPF) seguirá a posição defendida pelo Corinthians e não vê obrigatoriedade de que os jogadores do clube façam novo teste para Covid-19 antes do primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, nesta quarta-feira (5), às 21h30, no Itaquerão.
O assunto foi tema de divergência entre as diretorias dos rivais Corinthians e Palmeiras ao longo desta segunda-feira (3). O Palmeiras defendia o teste em todo o elenco corintiano, com a justificativa de que clube enfrentou na semifinal o Mirassol, time que não manteve os atletas confinados no intervalo entre seus jogos.
"O Sport Club Corinthians Paulista atuou contra o Mirassol com toda sua delegação testada. Após a partida, o clube continuou com seu grupo isolado, o que, de acordo com o protocolo, não obriga realização de novo teste para o próximo jogo", afirmou, em nota, Moisés Cohen, presidente da comissão médica da FPF.
Pelo protocolo do campeonato paulista, os clubes devem fazer a testagem antes de toda concentração, sendo opcional a realização de exames adicionais. O Palmeiras diverge dessa posição. Segundo uma fonte ouvida pela CNN, o clube considera o confinamento ineficaz e defende a testagem antes de cada partida.
A manifestação da federação estabelece que, por não ter mantido os jogadores confinados após a partida contra a Ponte Preta, o Palmeiras é obrigado a testar os jogadores antes da partida de quarta-feira.
Após a divulgação da posição de não testar os atletas, o Corinthians cedeu parcialmente. Pelas redes sociais, o presidente do clube, Andrés Sanchez, afirmou que já havia agendado um teste periódio para a manhã de quinta-feira (6), examinando os atletas, portanto, antes do jogo de volta.
A nota divulgada pelo clube mais cedo conteve críticas embutidas ao adversário, afirmando que estava tentando ser transferido ao Corinthians "o ônus da irresponsabilidade" das equipes que não fizeram a concentração contínua.