O trecho da Rodovia Federal BR-361 que liga a cidade de Itaporanga a Piancó estava, até essa quarta-feira (29), com as mais de 40 placas que sinalizam o percurso completamente cobertas pela vegetação do acostamento. A dificuldade de visibilidade da sinalização e a possibilidade de acidentes preocuparam o titular da 2ª Vara da Comarca de Itaporanga, juiz Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto, que reuniu os representantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Infraestrutura do Município e organizou uma força-tarefa para efetuar a limpeza das placas da via.
Inicialmente, conforme contou o magistrado, ele tentou contatar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para solucionar o problema, mas não obteve êxito. Dessa forma, acionou o Ministério Público local. “O MP, por meio do promotor Leonardo Clementino, prontamente oficiou ao DNIT e ao Ministério Público Federal em Sousa, para que fossem tomadas as providências para a manutenção e desobstrução da vegetação nas placas de sinalização e, dessa forma, evitar que condutores se envolvessem em acidentes”, relatou.
No entanto, embora o pedido de limpeza do acostamento tenha sido atendido, as placas de sinalização continuaram cobertas de vegetação, e o risco de acidentes persistia. Dessa forma, o juiz Antônio Eugênio se reuniu com o major Jocélio, do 13º Batalhão da Polícia Militar da região de Itaporanga, o capitão Gleidson, do Corpo de Bombeiros, e o secretário de Infraestrutura de Itaporanga, Hermes Rodrigues, para, juntos, chegarem a uma solução para o problema. A ação voluntária de limpeza das placas foi realizada nessa quarta-feira (29) em um trecho de 30,6 quilômetros de extensão.
“Todos foram bastante solícitos e se dispuseram a ajudar a resolver a situação. Cada instituição disponibilizou pessoal para auxiliar na retirada da vegetação das placas e o trabalho foi feito de Itaporanga a Piancó em todas as placas que estavam com visibilidade comprometida”, afirmou o magistrado, acrescentando que placas importantes estavam na mesma situação. “Não foram apenas as distantes que estavam sem visibilidade alguma, mas as que indicam caminhos conhecidos da região, como a Agrovila e o Cristo Redentor também estavam em situação crítica. Era muito preocupante por causa da quantidade de acidentes que poderia acontecer”, frisou o juiz Antônio Eugênio.