No último Boletim Epidemiológico, publicado nesta quarta-feira (29), pela Secretaria de Saúde de Conceição-PB, foi registrado um total de 321 casos do novo vírus COVID-19, tornando-se assim o ápice da contaminação até o momento. Apesar do alarde, um gráfico produzido pela reportagem mostra o número de curados já ultrapassa os 50% no município.
No dia 7 de julho, tendo em vista a quantidade exorbitante de casos que cresceram vigorosamente, o prefeito em anseio de minimizar a proliferação do vírus decretou Lockdown na cidade até o dia 21 do mesmo mês. Porém, o decreto foi flexibilizado, reabrindo aos poucos o comércio, e claro, com prevenções as atividades dos conceiçãozenses.
“Vale ressaltar que tomando os devidos cuidados, esses números podem decrescer, e, por fim, ser dizimados. Mas, é necessário que os cidadãos, por consciência, empatia sigam as recomendações básicas, como por exemplo, o uso de máscaras, do álcool em gel, o distanciamento social, entre outras de extrema necessidade”, pontuou a secretária de saúde do município, Magnady Lacerda.
Boas notícias
O boletim publicado nesta quarta-feira (29) chama a atenção para dois pontos importantes. O primeiro ponto trata do número de recuperados, que já corresponde a mais de 50% do total de contaminados pelo coronavírus. Segundo o boletim, dos 321 casos confirmados no município 168 pessoas já estão recuperadas.
Embora o percentual de curados não anule a gravidade do vírus, muito menos a necessidade imponente das prevenções cabíveis, é uma esperança a mais trazida para a população.
O segundo ponto trata da diminuição na taxa de internação de pacientes. E aí entra outro fator que pode explicar esse ponto. As medidas adotadas nos últimos dias pela secretaria de saúde, que passou a monitorar e fazer o acompanhamento dos casos suspeitos, desde os primeiros sintomas inerentes à doença, começando assim o tratamento logo no surgimento dos primeiros sintomas, minimizando assim os efeitos mais nocivos da doença.
Ao todo, cento e cinquenta e três pessoas ainda estão com o vírus, inclusive, em isolamento para assim atenuar os casos, na esperança de dizimá-los no território conceiçãoense. “Se comparado aos casos de recuperados, que corresponde a mais de 50%, o gráfico mostra a inclinação dos números de forma bem animadora. Até lá, fiquem em casa! Quem puder, e se precisar sair, tome os devidos cuidados, higienize suas compras, mãos e vestimentas ao chegar em casa, pois temos um inimigo invisível ao olho nu, e sendo assim, é melhor prevenir do remediar, como diz o ditado popular”, frisou a secretária.
A Organização Mundial de Saúde – OMS e todos os demais órgãos responsáveis seguem divulgando estudos que ajudam nos cuidados contra o coronavírus.
No presente momento, a cidade de Conceição já perdeu 5 filhos para a COVID-19, número gritante, afinal, são 5 vidas, todas elas com familiares que choram suas percas para essa doença ínfima. 4 pessoas ainda se encontram internadas, lutando pela vida, de forma que sobreviva para contar história.
Segue abaixo um gráfico do crescimento dos casos em Conceição. Em 76 dias, de 1 caso (registrado no dia 14/05/2020). O número subiu para 321 casos (registrados no dia 29/07/2020), um crescimento descomunal e assustador. O gráfico mostra o crescimento na média de 50 em 50 casos, do início, até o momento atual (todos os dados foram colhidos dos boletins divulgados pela Secretaria de Saúde). Já o gráfico, foi estudado e produzido pela redação desta matéria.
Além do gráfico, será anexado o boletim e o mapa destrinchando cada quantidade que há de casos em cada localidade da cidade, desde os bairros na zona urbana, até os sítios na zona rural (ambos produzidos pela Secretaria de Saúde). Veja o gráfico, abaixo
01 caso | 14/05/2020 |
58 casos | 03/07/2020 |
101 casos | 07/07/2020 |
158 casos | 16/07/2020 |
209 casos | 21/07/2020 |
273 casos | 27/07/2020 |
321 casos | 29/07/2020 |
Conceição hoje vive um misto de emoções, chora a morte de seus conterrâneos, se amedronta pelos que ainda estão contaminados e comemora aqueles que estão recuperados. Mas todos, sem dúvidas, na esperança de dias melhores.
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