Demitida da TV Roraima na quinta-feira (23) a jornalista e apresentadora Ellen Ferreira há poucos dias reforçou a acusação de assédio que diz ter sofrido de seu antigo chefe, o ex-diretor de Jornalismo da Rede Amazônica Edilson Castro.
“Ele me adoeceu. Tudo isso o Sindicato dos Jornalistas e o Ministério Público do Trabalho já têm ciência, há provas e testemunhas”, declarou a jornalista nas redes sociais.
Em seu perfil no Facebook e no Instagram, Ellen compartilhou a entrevista de Castro a um portal de notícias local em que ele a acusa de ter começado uma “campanha difamatória” contra ele, além de declarar que a ex-colega ficou arrogante após entrar no rodízio de âncoras do Jornal Nacional no ano passado.
“[É um] Verdadeiro linchamento a que estou sendo submetido. A ida à bancada do Jornal Nacional potencializou sua arrogância e agressividade, que culminaram, recentemente, em sua demissão”, acusou o jornalista que chefiava a afiliada até junho de 2019.
“Eu gostaria de encerrar todo esse caso com essa matéria. Vejam que ele diz que sou arrogante e que pelo JN mudei minha postura. Eu nunca mudei. Eu sempre fui simples e longe de ego e vaidades. Sempre reforcei que fui lá, mas na emissora tem pessoas que teriam competência de sobra para apresentar. Sempre incentivei pessoas porque eu vim e sou de família muito humilde. E não tenho vergonha disso. Ele me adoeceu. Tudo isso, o sindicato dos jornalistas e Ministério público do trabalho já tem ciência e há provas e testemunhas. Tenho mais relatos de outros estados onde ele passou. Muito triste o que esse homem fez na minha vida. Mas eu vou vencer. Deus na frente. Sempre. Sempre”, escreveu Ellen hoje (25) no seu perfil no Facebook.
Entenda o caso
Ellen Ferreira foi demitida na quinta-feira (23), quando retornou ao trabalho após ter contraído o coronavírus (Covid-19).
Em entrevista para o jornalista Leo Dias, do portal Metrópoles, a ex-funcionária disse que foi vítima de perseguição após denunciar o ex-diretor de Jornalismo da emissora, Edison Castro.
“Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de ‘o João de Deus da redação’. Havia gente que desejava bater nele”, desabafou ela.
A Globo chegou a pedir esclarecimentos à Rede Amazônica, afiliada em Roraima. Em nota, a emissora esclareceu que, apesar de seguirem os mesmos princípios editoriais, as afiliadas são independentes.
A empresa também disse que as denúncias de assédio realizadas pela funcionária foram encaminhadas para apuração de uma área interna da emissora.
“A Globo reitera que o respeito é um valor fundamental do seu Código de Ética. A empresa repudia qualquer tipo de assédio ou preconceito, que não são tolerados no ambiente de trabalho em nenhuma hipótese. Os esclarecimentos sobre o que ocorreu depois devem ser dados pela afiliada”, afirmou a emissora no comunicado enviado à imprensa na sexta (24).
Ellen foi uma das apresentadoras do rodízio que o Jornal Nacional promoveu em 2019. Ela era uma das jornalistas confirmadas para o novo rodízio de apresentadores do telejornal neste ano, que foi suspenso por causa da pandemia.
Eu gostaria de encerrar todo esse caso com essa matéria .
Vejam que ele diz que sou arrogante e que pelo JN mudei minha postura. Eu nunca mudei. Eu sempre fui simples e longe de ego e vaidades.
Sempre reforcei que fui lá, mas na emissora tem pessoas que teriam competência de sobra pra apresentar. Sempre incentivei pessoas porque eu vim e sou de família muito humilde. E não tenho vergonha disso.
Ele me adoeceu. Tudo isso, o sindicato dos jornalistas e Ministério público do trabalho já tem ciência e há provas e testemunhas.
Tenho mais relatos de outros estados onde ele passou. Muito triste o que esse homem fez na minha vida . Mas eu vou vencer.
Deus na frente. Sempre. Sempre.