O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que "os brasileiros terão, com certeza, a vacina [contra a covid-19] assim que ela estiver disponível no mundo".
O chefe da pasta participou de coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (24), em Brasília.
"Nós estamos na vanguarda no que há de melhor no mundo. Os brasileiros terão, com certeza, a vacina assim que ela estiver disponível no mundo. Nós temos três grandes linhas", disse o ministro interino.
Pazuello ressaltou o acordo para produzir no Brasil a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. O potencial imunizante, que está na terceira fase de testes clínicos, é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) o "mais avançado" até o momento.
O acordo tem duas etapas. Começa com uma encomenda em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Ou seja, será paga pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
O chefe da pasta citou, ainda, outros duas vacinas. Segundo Pazuello, embora o país não tenha condições de fabricar o imunizante da fabricante Moderna, dos Estados Unidos, o governo federal está trabalhando para ter "prioridade" na aquisição.
Além disso, ele também destacou a vacina chinesa. Os imunizantes, que foram desenvolvidos pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, estão na 3ª fase de testes clínicos —considerada aaa reta final dos ensaios em humanos.
Segundo o Instituto Butantan, em São Paulo, caso os testes comprovem a eficácia do imunizante, 60 milhões de doses iniciais estarão disponíveis para o Brasil até o final deste ano e serão distribuídas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) até junho de 2021.
R7