Após uma semana de trabalhos, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo afirma que finalizou com sucesso a fase operativa da Operação Incêndio na Serra Fina, que conseguiu conter e extinguir as chamas na região do Pico da Pedra da Mina.
A Serra Fina é uma seção da Serra da Mantiqueira, onde se localiza o Pico da Pedra da Mina, quarto pico mais alto do Brasil e o mais alto do Estado de São Paulo, com 2.798 metros de altura.
O incêndio começou na madrugada do dia 16 para 17 de julho, em território mineiro. Entretanto, na manhã do dia 17, as chamas atingiram o território do Estado de São Paulo. Diante disto, a operação foi iniciada no mesmo dia com a instalação do Posto de Comando da Operação na Escola de Educação Física de Cruzeiro, onde também foram concentrados todos os recursos utilizados.
Posteriormente, foi necessária a ativação de um Posto Avançado de Operação, na base do Pico da Mina, em propriedade particular, para facilitar a captação de àgua pelos helicópteros Águia do Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nos primeiros dias da Operação, os helicópteros transportaram equipes de bombeiros militares para o alto do pico, onde permaneceram por dois dias ininterruptos. Esta ação foi fundamental para isolar o incêndio, evitando que se propagasse para várias direções.
Quando as chamas atingiram as encostas íngremes do pico, onde não era possível a permanência humana, os helicópteros Águia começaram o combate aéreo, por meio de lançamento de água diretamente nas chamas. No total, os Águias fizeram 476 vôos de lançamento, totalizando um volume de 274.000 litros de água. Além disso, a FAB (Força Aérea Brasileira) também realizou 3 vôos de lançamento de água, com 12.000 litros lançados em cada vôo. No total, foram lançados 268.000 litros de água.
Nesta data, dia 24, o último sobrevôo do dia constatou que toda a região está em segurança. Assim, foi iniciada a fase de monitoramento da Operação, que será desenvolvida por uma aeronave Águia e uma equipe de bombeiros militares, durante as próximas 48 horas, para atuar em casos de reignição de focos de fogo.
O sucesso da operação só foi possível graças a uma ação integrada entre o Corpo de Bombeiros e o Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Defesa Civil, a Prefeitura de Cruzeiro, a FAB e o ICMBio.