A Justiça do Distrito Federal determinou a exoneração do corpo do ex-ditador do Paraguai, Alfredo Stroessner, que está enterrado em Brasília, para a realização de um exame de DNA. O objetivo é realizar um "teste de paternidade" nos restos mortais de Stroessner, que comandou o Paraguai por 35 anos (1959-1984) até ser deposto.
O pedido de exumação de Stroessner foi feito por Enrique Alfredo Fleitas, que alega ser filho do paraguaio, e contou com o aval de Graciela Concepción Stroessner Mora, única herdeira viva do ditador. Por determinação da Justiça, o cemitério Campo da Esperança deverá informar a localização do túmulo às autoridades e apresentar informações sobre o andamento dos trabalhos. A análise ficará a cargo do Instituto de Pesquisa de DNA da Polícia Civil do DF.
Alvo de pedidos de extradição e de denúncias de crimes políticos e contra os direitos humanos, Stroessner se exilou no Brasil em 1989. Em 2006, morreu aos 93 anos em Brasília, após se submeter a uma cirurgia para tratar uma hérnia e ter o quadro clínico piorado por conta de uma pneumonia.