Mesmo com as polêmicas envolvendo o Caso Queiroz, a aprovação do governo de Jair Bolsonaro manteve a tendência de alta no mês de julho, segundo pesquisa de opinião XP/Ipesp. Para 30% dos entrevistados, a avaliação do governo é ótima ou boa, oscilação de dois pontos porcentuais a mais que junho, dentro da margem de erro de 3,2 pontos.
A avaliação do presidente voltou a subir no dia 27 maio, após atingir o pior resultado de todo o mandato no dia 18 do mesmo mês, quando 25% consideraram a gestão ótima ou boa e 50% ruim ou péssima. Na pesquisa desta segunda (20), a reprovação do mandatário voltou a oscilar negativamente, indo a 45%, três pontos a menos do que em junho.
A expectativa para o restante do mandato de Bolsonaro também teve oscilação positiva. Os que consideram que o presidente fará um governo ótimo ou bom nos próximos anos subiram de 29% para 33%, enquanto a avaliação ruim ou péssima foi de 46% para 43%.
A prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro no dia 18 de junho deve afetar pouco ou nada o governo Bolsonaro, apontaram 54% dos entrevistados. Queiroz é investigado em suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio, e agora ele e sua esposa cumprem prisão domiciliar, decisão que 68% dos entrevistados afirmaram discordar. Afirmaram ter conhecimento das investigações 77 % das pessoas ouvidas.
A pesquisa foi realizadas nos dias 13, 14 e 15 de julho e ouviu 1.000 pessoas de todo País. A avaliação positiva da atuação do presidente na crise do coronavírus manteve tendência de alta, mas as avaliações negativas continuam majoritárias. 52% dos entrevistados consideram a atuação ruim ou péssima, contra 55% no mês passado, e 25% acham ótima ou boa, dois pontos porcentuais a mais do que em junho.
Governadores
A avaliação dos governadores caiu pela terceira vez consecutiva na pesquisa de opinião XP/Ipespe, com 36% dos entrevistados avaliando a administração de seus Estados como ótima ou bom, dois pontos porcentuais a menos do que em junho.
Congresso
Após registrar aumento dentro da margem entre os meses de maio e junho, a avaliação positiva do Congresso Nacional oscilou dois pontos porcentuais neste mês, indo de 15% para 13%. Sobre a postura do presidente em relação ao Congresso, 40% responderam que ele deve flexibilizar suas posições para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique se afastar do discurso inicial. Outros 25% acham que o presidente deve manter a relação como está.