Ellen Homiak da Silva Federizzi, presa em agosto de 2016 pela morte do policial militar Rodrigo Federizzi, está solta desde fevereiro deste ano, quando foi autorizada, pela Justiça, a para aguardar o julgamento em liberdade.
O júri popular chegou a ser marcado para abril de 2020, mas precisou ser adiado devido a pandemia do novo coronavírus.
A mulher confessou ter assassinado e esquartejado o próprio marido por não conseguir explicar ter gasto aproximadamente R$ 46 mil da conta do casal. O crime ocorreu no dia 28 de julho 2016 no apartamento da família no bairro Tatuquara em Curitiba. O filho dos dois, de 9 anos na época, estava na residência quando tudo aconteceu.
Esposa mata marido e esquarteja o corpo
Rodrigo e Ellen viveram um relacionamento de 15 anos. Mas o longo casamento não impediu que a esposa, durante uma discussão, usasse a arma do policial para matá-lo. Na sequência, ela cortou o corpo do marido em pedaços, colocou dentro de sacos plásticos e de uma mala para escondê-lo.
Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme seu relato, ele havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.
No entanto, a criança contou à polícia que ouviu o disparo da arma de fogo na manhã em que o pai foi morto e que, na sequência, sua mãe ordenou que ele fosse brincar no parquinho do condomínio.
“Eu acordei assustado e fui para a sala. Daí, eu pensei que eles tinham brigado. Aí, eu pensei ou meu pai matou a minha mãe ou minha mãe matou o meu pai”, disse em depoimento.
Após ser presa e confessar o crime, Ellen deu detalhes de como tudo aconteceu:
“Ele falou que estava cansado do meu comportamento, que ele ia me deixar, ia pegar o [nome do filho], ir embora e me deixar em tratamento. Aí, eu falei que não, peguei a pistola coloquei na cabeceira da cama, destravei ela e dei um tiro nele”, confessou à polícia.
Ainda conforme seu depoimento, ela usou uma faca de caça de Rodrigo e um serrote para esquartejar o corpo.
“Quando chegou no osso, eu não sabia mais o que fazer daí eu serrei”, contou.
A motivação da discussão entre os dois, que culminou no assassinato, foi porque ela gastou o dinheiro do casal. Conforme o relato de Ellen, ela afirmou ser viciada em jogos de azar e compradora compulsiva.
O corpo do policial militar foi encontrado 16 dias depois, ela havia enterrado o marido em uma matagal de Araucária, na região metropolitana da capital.