A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou ao Live JR, programa do Jornal da Record em todas as plataformas digitais da Record TV, nesta sexta-feira (10), que a reforma tributária deve ser a prioridade para o Brasil, e que o país sairá da crise econômica na qual se encontra se ela for aprovada.
Tebet avalia que a reforma tributária, à qual refere-se como 'a mãe de todas as reformas', deveria ser desmembrada em duas ou três etapas para que seja analisada com equilíbrio e que sua aprovação seja facilitada. A primeira etapa, segundo a senadora,
"Não vamos entregar uma reforma tributária ampla em 90 dias se não conseguimos em 20 anos, com todo respeito ao presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia). Essa conta não fecha, muito menos em momento de crise", justificou.
A respeito das privatizações, tidas pelo setor da Economia do governo federal como prioridades, Tebet afirmou que não aceita discutir o tema nos casos de bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, e a Petrobrás.
"O resto [das privatizações], aceito discutir. Não é mais uma discussão de estado mínimo ou máximo, mas é o Estado brasileiro trabalhando para deixar de ser conhecido como o país mais desigual do mundo", disse.
Para ela, assim como no caso da reforma, as privatizações também deveriam ser divididas para a aceleração dos processos de aprovação.
"Vamos dividir por etapas as privatizações. Primeiro, as menores, numa segunda etapa as maiores, e numa terceira, se quiser, discutir as que estão dando lucro", considerou.
Na primeira e mais importante etapa de um possível desmembramento, Tebet avalia que seria necessário "simplificar a tributação através de regulamentos, unificar os impostos federais e resolver os problemas da desoneração da folha de pagamentos das empresas".
Com o anúncio de Milton Ribeiro como ministro da Educação feito simultaneamente à entrevista, Tebet também foi perguntada a respeito do novo responsável pela pasta, e comemorou:
"Que bom que vem da área que entenda. É o que estava faltando. Não podíamos mais continuar com esse embate e trazer pra dentro da educação questões ideológicas."
Segundo ela, o grande desafio de Ribeiro — e também o maior problema da Educação no país — é o Ensino Fundamental.
Perguntada sobre a aprovação do pagamento de R$ 1.200 para o auxílio emergencial para mulheres vítimas de violência, Tebet considerou que dificilmente será um projeto recusado.
"Talvez até na quinta-feira a bancada feminina consiga aprovar. Temos (bancada feminina) um grande parceiro, que é o Davi Alcolumbre", afirmou.
A senadora também comemorou a aceitação que tem enxergado entre os senadores para as pautas de combate à violência contra mulher, 'um problema cultural', segundo ela. "Este foi o quinto ou sexto projeto de combate à violência contra a mulher só na pandemia", disse.