O ditador norte-coreano Kim Jong-un comemorou o “sucesso” do país asiático em impedir que o novo coronavírus se infiltrasse em suas fronteiras, alegando que nenhum norte-coreano teve covid-19, doença causada pelo patógeno.
Em pronunciamento na 5ª feira (2.jul.2020), o líder disse que o país –que fechou suas fronteiras e colocou em quarentena qualquer pessoa com sintomas à medida que o vírus se espalhou pelo mundo– “impediu a invasão do vírus maligno e manteve uma situação estável“, informou a BBC.
O presidente norte-coreano instou, ainda, as autoridades a se manterem vigilantes contra o vírus, alertando que a complacência pode causar na região uma “crise inimaginável e irrecuperável“.
As autoridades de saúde norte-coreanas relataram à Organização Mundial da Saúde que 922 pessoas fizeram testes de detecção para o novo coronavírus em 19 de junho e que todos os resultados foram negativos, segundo o médico filipino Edwin Salvador, representante da OMS no país asiático.
Segundo a agência de saúde internacional, a Coreia do Norte até agora liberou 25.551 pessoas da quarentena e 255 pessoas permanecem isoladas. A Coreia do Sul registra até aqui 12.967 casos da doença, incluindo 282 mortes.
A comunidade internacional permanece cética à possibilidade de o regime ter conseguido evitar completamente a pandemia, dada a má infraestrutura de saúde do país e os estreitos laços comerciais e de viagem com a China, onde a doença surgiu no fim do ano passado.
Durante reunião, Kim atribuiu o suposto sucesso em lidar com o surto à “liderança perspicaz do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores” da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias KCNA.