"Você consegue ver do céu? O último presente que você me deu nasceu hoje. Definitivamente vou cuidar bem dele", escreveu ela na plataforma de mídia social chinesa WeChat.
Li era médico na cidade chinesa de Wuhan, que era o marco zero da pandemia de coronavírus.
No final de dezembro, quando surgiram relatos de um novo vírus perigoso na cidade, ele mandou uma mensagem para outros ex-alunos da faculdade de medicina avisando-os das notícias.
"Eu só queria lembrar meus colegas da universidade de serem cuidadosos", disse ele à CNN em fevereiro.
Logo depois, ele foi intimado pela polícia de Wuhan, que o acusou de boatos. Li foi obrigado a assinar uma declaração reconhecendo sua "contravenção" e prometendo não cometer outros "atos ilícitos".
Em 1º de fevereiro, ele testou positivo para o vírus e morreu menos de uma semana depois, aos 34 anos — provocando uma intensa reação na internet de pesar, fúria, e cobrança por liberdade de expressão e responsabilidade governamental.