A Justiça Federal levantou o sigilo de ação apresentada pela Força-tarefa Postalis em que 15 pessoas foram denunciadas por fraudes ao fundo de pensão dos funcionários dos Correios – o Postalis.
Antes da retirada do sigilo, tornaram-se indisponíveis os bens dos acusados até o limite de R$ 259,7 milhões. O objetivo foi garantir a reparação do dano causado, em caso de condenação.
A denúncia recebida em 1º de junho aponta crimes de gestão fraudulenta e temerária; emissão, oferta e negociação de valor mobiliário sem lastro; desvio de recursos de instituição financeira; tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
No documento enviado pela FT Postalis à 12ª Vara Criminal da Justiça Federal no Distrito Federal, os procuradores relatam que, em 2010, foi realizado aporte do Postalis no Fundo de Investimentos em Participações Eletronic Trading Brazil – o FIP ETB, relacionado ao suposto projeto de criação de uma nova bolsa de valores no Brasil.
O investimento se concretizou por meio de duas empresas do grupo BNY Mellon, uma responsável por serviços financeiros e outra por gestão de patrimônio. Na ocasião, os gestores do fundo de pensão autorizaram, de forma fraudulenta, o aporte de quase R$ 118,5 milhões para aquisição de 25% do patrimônio do FIP ETB. O objetivo do FIP era adquirir 100% das ações da empresa Marco Polo Latin America S/A – MPLA (posteriormente denominada ATG – Americas Trading Group S/A).