O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, Emmanuel Macron, e três outros três líderes europeus pediram à Comissão Europeia um conjunto de medidas para garantir a melhor preparação possível para futuras pandemias.
Sánchez, Macron e Merkel assinaram nesta terça-feira (9), juntamente com os chefes de governo de Dinamarca, Bélgica e Polônia, uma carta dirigida à presidente da CE, Ursula Von der Leyen, na qual entregam um documento de trabalho com suas propostas para melhorar a coordenação dos países.
Entre as sugestões, estão o acesso a bases de dados partilhadas, a aquisição de provimentos básicos para evitar a escassez ou mesmo a promoção e otimização da produção desse tipo de material dentro da UE.
Eles também propõem uma estratégia comum para o fornecimento e armazenamento de equipamentos médicos, medicamentos, equipamentos de proteção e testes e se dizem comprometidos com um mecanismo continental de proteção civil para garantir a distribuição do material, entre outras medidas.
Como exposto no início do documento, as propostas tentam a resiliência da União Europeia a futuras crises de saúde pública e exigem "testes de estresse" nos sistemas de saúde nacionais. Além disso, o grupo destacou uma preparação conjunta por todo o bloco seria muito mais eficiente do que um esforço individual de cada país.
O primeiro passo, segundo os líderes, seria uma análise do que aconteceu com o coronavírus e as deficiências observadas na atual crise sanitária. Eles consideram ser necessário trabalhar em conjunto em vários aspectos que vão desde o compartilhamento de dados até a promoção da pesquisa, tendo um marco regulatório e coordenando a distribuição e produção de insumos.
Os seis chefes de governo dão particular ênfase à garantia de fornecimento de material de saúde e medicamentos e estão empenhados em garantir um estoque de até três meses para toda a UE. Tal armazenamento deve incluir equipamentos de proteção, testes, medicamentos e dispositivos necessários para o tratamento de doenças críticas.
Além disso, eles consideram vital que a União Europeia aumente a sua capacidade de pesquisa para o desenvolvimento de vacinas e melhores diagnósticos e tratamentos, bem como um compromisso de compartilhar tais pesquisas.
Os seis países também defendem a possibilidade de financiamento europeu para pesquisa de potenciais vacinas, escolhendo candidatos com o melhor potencial tanto para o desenvolvimento quanto para a fabricação.
Por outro lado, os chefes de governo frisaram a necessidade de fortalecer o mercado único continental e defender regras antitruste mais claras e permanentes, a fim de enfrentar esse tipo de crise em melhores condições.