O ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd em Minneapolis, se apresentou nesta segunda-feira (8) ao tribunal pela primeira vez, onde foi estabelecido o valor de US$ 1,25 milhão — o equivalente a R$ 6 milhões — para a fiança, com a opção de redução para US$ 1 milhão — cerca de R$ 4,82 milhões — sob certas condições.
A juíza Jeannice Jenkins determinou que, para conseguir uma redução do valor, Chauvin deverá se comprometer a cumprir a lei, comparecer ao tribunal, não trabalhar para as forças de segurança ou segurança privada, abandonar as armas de fogo e renunciar a qualquer permissão de armas, não sair do estado de Minnesota e não ter contato com a família de Floyd.
Nem Chauvin nem o advogado, Eric Nelson, contestaram o valor nem as condições. O acusado, que está na prisão de Oak Park Heighs, se apresentou virtualmente à juíza.
A notícia sobre o valor da fiança chega cinco dias após o procurador-geral do estado de Minnesota, Keith Ellison, agravar a acusação contra o policial branco Derek Chauvin e os outros três ex-policiais que presenciaram a morte por sufocamento de George Floyd — homem negro que estava sendo detido por supostamente usar uma cédula falsa -, e não agiram.
Ellison explicou em entrevista coletiva que decidiu acusar Chauvin por assassinado em segundo grau, após uma acusação inicial de assassinato em terceiro grau.
De acordo com a legislação do estado de Minnesota, o assassinato em terceiro grau ocorre quando a morte é causada de maneira não premeditada através de um ato eminentemente perigoso, e pode acarretar pena de até 40 anos.
O assassinato em segundo grau ocorre quando a morte é ocasionada sem premeditação enquanto se inflige ou tenta infligir dano. Se condenado, Chauvin poderá pegar até 40 anos de prisão.