Cinco pessoas, incluindo uma adolescente de 15 anos, morreram de ebola em um novo surto do vírus na República Democrática do Congo, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta segunda-feira (1º).
No total, nove casos foram registrados.
Ainda nesta segunda-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou no Twitter que seis casos haviam sido relatados em Mbandaka, província localizada no noroeste do país.
"Mais quatro pessoas que contraíram o vírus – todos os contatos do falecido, incluindo o filho de um dos casos fatais – estão sendo tratadas em uma unidade de isolamento no Hospital Wangata, em Mbandaka", disse o Unicef em um comunicado.
"As mortes ocorreram entre os dias 18 e 30 de maio, mas foram confirmadas apenas como relacionadas ao ebola ontem", afirmou. Este é o 11º surto do vírus potencialmente mortal no país, que é transmitido por fluidos corporais e tem uma taxa de mortalidade entre 25% e 90%, dependendo do surto.
A República Democrática do Congo ainda está lutando para acabar com um surto que teve início em 2018 na parte leste do país, no qual foram registrados 3.406 casos, com 2.243 mortes, de acordo com a OMS. Não houve um novo caso nos últimos 21 dias neste surto.
Como o vírus ebola tem um período de incubação de 21 dias, isso sugere que o surto pode estar sob controle, mas a OMS espera por dois períodos completos de incubação, ou seja, 42 dias, para ter certeza antes de determinar que um surto terminou.
"O anúncio ocorre quando um surto de ebola longo, difícil e complexo no leste da República Democrática do Congo está em sua fase final, enquanto o país também enfrenta a Covid-19 e o maior surto de sarampo do mundo", afirmou a OMS em comunicado.
Foram notificados 3.195 casos de coronavírus e 72 mortes no país da África Central. De longe, a pior epidemia que afeta a República Democrática do Congo é o sarampo, que infectou quase 370.000 pessoas e matou 6.779 desde 2019.
O vírus ebola vive em morcegos, e a OMS diz que novos surtos podem ser esperados na República Democrática do Congo.
De longe, a maior epidemia do vírus ocorreu no período de 2014 a 2016 na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Mais de 28.000 pessoas foram infectadas nessa epidemia, e mais de 11.000 delas morreram.