O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), apresentou no início da noite deste domingo (31), o plano com propostas para retomada de atividades econômicas no estado, durante a pandemia de Covid-19. As medidas anunciadas no projeto podem entrar em vigor a partir do dia 15 de junho, mas antes serão discutidas com representantes de alguns setores e a sociedade civil.
O último decreto publicado pelo governo do estado, no sábado (30), estendeu as medidas restritivas de combate ao novo coronavírus até o dia 14 de junho. O documento também impõe restrições na circulação de pessoas em oito municípios, que integram a região metropolitana de João Pessoa.
A proposta é baseada em um estudo elaborado pela Jonhs Hopinks University, situada nos Estados Unidos. Ela estabelece abordagens conforme avaliações de risco em cada município paraibano e foi nomeada de “Construindo um novo normal para a Paraíba ante aos desafios de curto, médio e longo prazos da Covid-19.
O modelo é guiado por quatro conjuntos de indicadores comportamentais, epidemiológicos e do sistema de saúde. São eles:
- Taxa de obediência ao isolamento social,
- Taxa de progressão de novos casos,
- Taxa de letalidade e
- Taxa de ocupação hospitalar.
Durante a exposição, feita por meio de uma transmissão em redes sociais na internet, o governador divulgou a adoção de quatro bandeiras classificatórias para a avaliação dos municípios, diferenciadas por cores. A verde indica a melhor situação e permitirá que todos os setores funcionem com adoção de medidas para garantir o distanciamento social.
Já a bandeira de cor amarela, representa restrições para o funcionamento de alguns setores que apresentam maiores riscos para o controle da pandemia. A vermelha é reflexo de municípios em que só será permitido o funcionamento de serviços essenciais. Já a faixa preta demonstrará a adoção de restrições de locomoção, inclusive, com a possibilidade de “lockdown’.
Cada município será reavaliado a cada 15 dias, com a possibilidade de progressão ou retorno para medidas mais duras de prevenção, conforme os resultados obtidos.
Os segmentos interessados devem assinar protocolos junto com as respectivas prefeituras dos municípios em que estão localizados, firmando o compromisso com o que foi proposto no plano para liberação das atividades.
De acordo com João, todos os próximos passos tomados durante a pandemia terão base científica. "Está no tempo de penar na retomada, tranquila, calma e baseada em números. Que seja um avanço na vida todos nós”, pontuou.
Critérios para liberação de atividades
As atividades serão liberadas conforme critérios com base em uma avaliação de riscos, que analisa três fatores: probabilidade, impactos e medidas para suavizar o risco.
O plano prevê ainda que os próprios segmentos apresentem as medidas que considerem adequadas para diminuir os riscos, de acordo com as suas características. Essas ações vão funcionar como protocolos de operação.
A intenção é que nessa fase sejam ouvidos empresários, trabalhadores, líderes comunitários, organizações que trabalham com pessoas em vulnerabilidade e associações de empresas.
Critérios para mudanças de fases
Os primeiros critérios para as mudanças de fases da flexibilizção são a de vigência de pelo menos 14 dias de cada etapa e o registro na redução de casos confirmados de Covid-19, também nos últimos 14 dias.
Ainda será considerada a intensificação e ampliação da aplicação de testes rápidos para detecção do novo coronavírus nos municípios.
Outro parâmetro é de que o sistema de saúde municipal tenha capacidade para atender os pacientes com a doença.