O presidente Jair Bolsonaro postou em sua conta no Twitter um vídeo com imagens dele desfilando sobre um cavalo e acenando para os manifestantes durante ato de apoiadores em Brasília neste domingo (31). "Estarei onde o povo estiver", escreveu Bolsonaro.
Pela manhã, ele sobrevoou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de helicóptero e acenou para manifestantes.
Apoiadores do presidente protestam ontra o STF (Supremo Tribunal Federal), carregando faixas com os dizeres "abaixo à ditadura do STF" e "intervenção militar". Há ainda uma bandeira que pede "intervenção no STF".
O STF tem sido alvo de novos ataques por parte de Bolsonaro e seus apoiadores.
Na última quarta-feira (27) a Polícia Federal cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas por divulgação de "fake news". A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que investiga ameaças, ofensas e notícias falsas disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.
Depois do voo, Bolsonaro caminhou próximo aos manifestantes sem máscara, acompanhado da sua equipe.
As pessoas foram sendo revistadas por seguranças, munidos com detectores de metal.
Parte dos manifestantes usava máscara no rosto, como orientado por autoridades sanitárias, mas há também pessoas sem a proteção. O uso da máscara é obrigatório em espaços públicos no Distrito Federal desde 30 de abril.
Atos pelo país
Diversas manifestações se espalharam pelo país neste domingo, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
Em Brasília, simpatizantes do governo Bolsonaro durante manifestação a frente do Palácio do Planalto.
O grupo seguiu em carreata desde a Esplanada dos Ministérios para expressar apoio ao presidente Jair Bolsonaro após a divulgação, pelo Superior Tribunal Federal (STF), do vídeo da reunião ministerial em que Jair Bolsonaro criticou ministros, governadores e fez menção a interferências no Polícia Federal.
No Rio, manifestantes foram a Copacabana para pedir a saída do governador Wilson Witzel sob alegação de desvio de dinheiro nas construções de hospitais de campanha.
Em São Paulo, atos de grupos pró e contra o governo terminaram com a intervenção da Polícia Militar. Os policiais atiraram bombas de gás lacrimogêneo e cinco pessoas foram detidas.