O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (28) um decreto que regula as redes sociais no país.
O documento implica em uma revisão da lei que protege empresas como o Twitter, Facebook e o Google de serem responsáveis pelo conteúdo publicado por usuários, o que abre espaço para que essas empresas se tornem alvo de novas ações judiciais.
O texto também pretende aumentar a visibilidade e permitir interferência no processo interno de bloqueio de publicações e usuários, que é regido pela política interna dessas plataformas.
Trump é um usuário ativo do Twitter, com mais de 80 milhões de seguidores. Ele já esteve envolvido em outras polêmicas com grandes empresas americanas de tecnologia e foi criticado seguidas vezes por fazer uso controverso da plataforma, como o compartilhamento de informações não verificadas.
Essa semana, pela primeira vez, a rede social sinalizou duas publicações do presidente americano como “potencialmente enganosas”, em resposta às declarações de Trump sobre fraude no voto pelo correio nos Estados Unidos. O novo selo de verificação de informações do Twitter fez o presidente americano ameaçar regular ou mesmo fechar a rede social.
O chefe de Estado usou seu perfil no Twitter para afirmar que “os republicanos sentem que as redes sociais censuram totalmente as vozes conservadoras”. Trump acusou o Twitter de estar interferindo nas eleições presidenciais do país, que acontecem em novembro.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a ação do Twitter de rotular publicações como enganosas. Ele defendeu que não é o papel das empresas fazer a verificação de informação das publicações, em especial quando se trata de conteúdo político. O Twitter preferiu não comentar o ocorrido até o momento.