Um homem suspeito de matar o servidor público e ativista LGBTQI+ Gabriel Taciano de Oliveira, de 33 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira (18) após trabalhos das polícias Civil e Militar. O preso de 23 anos, que teve o nome preservado pela Polícia Civil, teria confessado o crime e alegou que a motivação foi uma dívida de R$ 500.
Ele foi localizado no bairro do Cristo Redentor, menos de 24 horas após o corpo da vítima ser encontrado. O comandante do Regimento de Polícia Montada (RPMont), major Gleidistone Cavalcanti, disse que ele foi preso na mesma vila onde a moto da vítima tinha sido encontrada.
“O corpo da vítima foi achado na manhã desse domingo, em Jacarapé, e, através de informes recebidos, chegamos até o local onde estava a moto do agente socioeducativo, em uma vila, no bairro do Cristo. As diligências continuaram e nesta segunda-feira, pela manhã, conseguimos encontrar o suspeito, na mesma vila, sendo encaminhado para ser ouvido na delegacia de Homicídios”, contou.
Segundo o delegado Carlos Othon, da Delegacia de Crimes Contra Pessoa de João Pessoa (DCCPES/JP), o suspeito afirmou que mantinha um relacionamento homoafetivo com a vítima. Ele (suspeito) explicou que os dois combinaram de se encontrar na praia de Jacarapé. Quando chegaram ao local, passaram a discutir por conta da dívida”, afirmou o delegado.
De acordo com a investigação da polícia, durante a discussão, o suspeito passou a agredir a vítima com golpes de madeira e tentou asfixiar o servidor público. Em seguida, o suspeito jogou a vítima, ainda com vida, do alto de uma falésia, em Jacarapé.
Celulares da vítima e do suspeito foram apreendidos para serem submetidos a perícias. Ele foi autuado em flagrante por crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, sem defesa da vítima e com uso de requintes de crueldade.
Os detalhes da ação foram revelados durante entrevista concedida na tarde desta segunda-feira (18), com a presença do superintendente da 1ª Região de Polícia Civil, Luciano Soares. A vítima era agente socioeducativo da Fundação de Desenvolvimento da Criança e Adolescente (Fundac).
O suspeito foi submetido a exame de corpo de delito e será encaminhado para a carceragem. Em seguida, será apresentado ao Poder Judiciário.