O presidente Jair Bolsonaro agendou para quinta-feira (21) a reunião com os 27 governadores do país por videoconferência.
A pauta do encontro é o pacote de auxílio fiscal aos estados, que foi aprovado pelo Congresso mas que a equipe econômica pediu que o Planalto vetasse.
Mas o encontro se insere em um contexto político maior. Trata-se de mais uma tentativa do presidente de tentar distensionar o ambiente político e sair do isolamento político no combate à pandemia do novo coronavírus. Hoje, os governadores são o principal foco de oposição ao Palácio do Planalto.
Desde o início da pandemia, o clima entre o presidente e os chefes dos estados piorou na pandemia. Bolsonaro passou a culpá-los pela piora na economia, uma vez que a ampla maioria deles adotou medidas restritivas de circulação de pessoas.
O cerco se ampliou contra ele depois que o STF determinou que os governadores têm legitimidade para tomar as medidas que acharem melhor. Um dos piores momentos do tensionamento foi no final de março, quando o presidente se reuniu separadamente com governadores por região do país. Na ocasião, ele bateu boca com João Doria.
Após ventilar a possibilidade de uma reunião ampliada com chefes de poderes, conforme disse à CNN o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, a tendência agora é a de que a reunião seja apenas entre o presidente e os governadores. Bolsonaro ouviu assessores mais próximos de que seria o momento ideal para tentar desanuviar o ambiente político pós muito estresse com grande parte do governadores.