O conceiçãoense, Erik Alencar de Figueiredo foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de Subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica da Secretaria Especial da Fazenda. A Portaria já foi publicada no Dário Oficial da União. É mais um paraibano integrando um importante cargo no Governo Federal. Erik Alencar é do programa de pós-graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba. Ele tem pós-doutorado na Universidade de Tennessee, nos Estados Unidos e Doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Erik Figueiredo já colaborou com inúmeros projetos no Tribunal de Contas da Paraíba e é considerado um dos mais talentosos economistas da sua geração.
O conceiçãoense assume o cargo ciente dos desafios que terá pela frente. “Ontem a Secretaria da Economia divulgou a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto-PIB. Nós teremos uma queda do PIB em torno de 4,7%, aumento do desemprego, o custo que o afastamento social provoca, algo em torno de 100 bilhões de reais por mês. Tudo isso a gente já sabia. Mas, agora é hora de gente pensar na retomada do crescimento da economia”, pontuou o conceiçãoense.
Para ingressar no Governo Federal Erick recebeu um telefonema do Secretário de Política Econômica do Governo Federal, Adolfo Sachsida, que o convidou ressaltando que confiava no seu trabalho. De imediato o convite foi aceito e neste sábado o conceiçãoense teve seu nome publicado no Diário Oficial da União.
Erik é filho do professor de matemática, Robério Figueiredo e da funcionária aposentada da Secretaria de Ação Social, Clea Maria Alencar de Figueiredo.
Leia na íntegra uma entrevisa prestada por ele à repórter Beatriz de Alcântara, do jornal A União
- Primeiramente, me fala um pouco da tua história: onde nasceu, quem são seus pais, trajetória na vida acadêmica e por quê escolheu o caminho da Economia.
Primeiramente, me fala um pouco da tua história: onde nasceu, quem são seus pais, trajetória na vida acadêmica e por quê escolheu o caminho da Economia.
Nasci na cidade de Conceição, interior da Paraíba. Meu pai, Robério Bernardino de Figueiredo, é professor de matemática da rede estadual. Minha mãe, Cléa Maria Alencar de Figueiredo, é funcionária aposentada da antiga secretaria de ação social do governo do estado. Estudei a maior parte da minha vida em escola pública e tenho boas lembranças desse período. Tive excelentes professores. Na Escola Estadual José Leite (em Conceição) tive a felicidade de conhecer a diretora Teresinha Martildes, um ícone da educação de nossa cidade, e as Professoras Francelina Alves e Maria Pires. Elas conduziram os meus primeiro passos na educação. No ensino médio, frequentei a escola Estadual Maestro José Siqueira (também em Conceição) onde tive grandes professores, entre eles, Francisco Cardoso e Luzia Pires. Meus tios também tiveram papel decisivo na minha formação, Ricardo, Concinha, Virginia, Hamilton, Hailton e Raniere. Como pode ser notado, minha dívida é grande e impagável.
Escolhi economia por acaso. Não tinha noção do que o curso de economia representava. Até que encontrei o professor Ivan Targino. A ele devo meu prazer em estudar economia. Ainda na graduacao tive o prazer de ser aluno dos professores Ademário Felix e Paulo Amilton Maia Filho, hoje meus colegas de trabalho. Fiz mestrado em economia na UFPB, Doutorado em Economia na Universidade Federal do Ruo Grande do Sul e um pós-doutorado em economia na Universidade do Tennessee, Estados Unidos.
Hoje vivo tranquilo ao lado das minhas fortalezas. Minha esposa Luciana Figueiredo, funcionária da Caixa Econômica Federal de Cabedelo, e meu pequeno Lucas, de 4 anos.
2. Um pouco acerca da vida profissional também: outras experiências, atuações, etc.
Sou professor de uma disciplina bem técnica chamada econometria. Ele envolve estatística, economia e computação. Não é a mais atrativa do curso, confesso. Também dou aula na pós-graduação em economia da UFPB. Além disso, sou pesquisador nível 1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.
3. Depois, como surgiu o convite para integrar o Ministério da Economia?
O convite surgiu há mais ou menos um mês. O secretário da Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, me telefonou e fez o convite. Destacou aspectos técnicos que, segundo ele, eu estaria apto a desempenhar. Simples assim. Aliás, como tem sido a atuação no ministério da economia. Selecionam pessoas que eles julgam aptas a colaborar com a adoção das políticas públicas.
4. Como você recebe essa missão?
Acredito no Presidente Jair Bolsonaro. Acredito na capacidade do Ministro Paulo Guedes e na proposta adotada pela equipe econômica. Sendo assim, foi fácil aceitar o convite. Se tivesse alguma dúvida, não aceitaria. A missão já seria difícil em um período de normalidade e se tornou ainda mais desafiadora durante essa crise causada pelo Covid19. Mas garanto que a proposta que está sendo gestada pelo ministério da economia possibilitará uma retomada rápida do crescimento econômico.
5. Como você espera contribuir para o país?
Com trabalho e seriedade. Não tenho nada a oferecer a não ser isso. Temos pessoas sérias e dedicadas ao bem comum na equipe econômica. Acho que nunca tivemos uma equipe econômica tão pró-mercado. Cientes de que o empresariado não suporta mais o “peso” do Estado. Cientes de que a liberdade econômica é o caminho para o aumento do bem-estar da população.
6. Qual o papel exercido pela Secretaria de Política Fiscal?
De uma forma simples e direta a Secretaria de Política Econômica é um órgão consultor do Ministério da Economia. O nosso objetivo é formular projetos a analises econômicas que subsidiam as decisões do ministério da economia e demais órgão da administração pública federal. Ela é dividida em 5 subsecretarias: agricultura e meio ambiente, direito e economia, microeconômica, macroeconômica e fiscal. Assumirei a subsecretaria de política fiscal, cuja missão é dar suporte à tomada de decisões do Ministério no que diz respeito a temas como solvência, tributação e principais gastos do governo.
7. Quando você assume? O que já é possível adiantar acerca da atuação como Secretário?
Assumo na sexta-feira, dia 15. Temos, além das atividades corriqueiras, a elaborando do plano para a recuperação da economia no pós-pandemia. Isso envolve uma série de ações voltadas para o setor produtivo e trabalhadores, além da elaboração de um novo desenho para os programas de proteção social. O governo não está parado. Em breve teremos vários anúncios relacionados a esses temas.
9. Quais as suas expectativas?
Minha expectativa é a melhor possível. Temos ciência de que as ações tomadas no âmbito federal foram acertadas. E não sou só eu quem afirmo isso. Organismos internacionais têm destacado a rapidez e a eficiência das medidas emergências. Agora precisamos dar um passo à frente. A retomada requer duas coisas: responsabilidade fiscal reformas estruturais. Temos que combater o problema de frente. Sem os erros cometidos no passado. Sem adotar uma agenda desenvolvimentista que jogou o país em um buraco – mesmo antes do surgimento do COVID19.
8. Qual a importância de assumir um cargo como este no cenário de pandemia e de possível crise econômica que o país vive?
Sob o ponto de vista pessoal, é um sacrifício. De início deixarei minha família em João Pessoa. Quem me conhece sabe que esse é um custo elevado. Mas estou me sentindo realizado pelo reconhecimento do meu trabalho. Em verdade, a crise já está aí. Mas não temos medo de enfrentá-la. Acredito na nossa equipe. Temos pessoas gabaritadas para propor soluções para a crise. Grandes desafios nos estimulam. Repito: o presidente Jair Bolsonaro e a equipe do ministro Paulo Guedes não descansarão. Sairemos desse período mais fortes e unidos.