O governo prepara um grande plano de retomada da economia brasileira, e que inclui o futebol como uma atividade que voltará em breve, com a realização de jogos a portões fechados, disse o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa, nesta segunda-feira (27).
"Precisamos jogar futebol, nós precisamos reabrir bares e restaurantes, nós precisamos reabrir indústrias que foram fechadas, nós precisamos voltar a produzir", afirmou Costa em coletiva à imprensa no Palácio do Planalto. "Sempre colocando a saúde e a vida das pessoas em primeiro lugar, mas fazendo com que as condições de vida também sejam preservadas."
Segundo Costa, não há ainda uma data definida para retomada dos negócios ou do futebol, discutida em meio à pandemia do novo coronavírus. No caso dos jogos, ele disse que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está em contato com o governo e com os times para deliberar sobre esse "timing".
"O que podemos dizer é que será em breve", afirmou ele, acrescentando que serão seguidos protocolos, inclusive com a realização de testes, para preservar a saúde de todos os envolvidos, dos jogadores a massagistas e jornalistas.
Também presente na coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, reforçou que o processo de retomada seguirá sempre regras estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela saúde.
"Não é fala do Ministério da Economia determinando a retomada, porque nós não fazemos isso", disse Guaranys. Ele acrescentou que a Casa Civil coordena um grupo para discutir a retomada e que o Ministério da Economia "obviamente tem participação muito importante".
Na semana passada, o governo anunciou um plano de retomada econômica baseada em investimentos, inclusive públicos, o que expôs as divisões dentro do governo sobre a melhor estratégia para o país se reerguer da crise. A equipe econômica viu o plano, batizado de Pró-Brasil, como uma nova bomba fiscal e defendeu que a retomada precisa se dar por meio dos recursos privados.
Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "o homem que decide economia no Brasil é um só, e chama-se Paulo Guedes".