A mãe da menina Ísis Helena, desaparecida há cerca de 50 dias, em Itapira, no interior de São Paulo, confessou o envolvimento na morte da filha, nesta segunda-feira (20), segundo informações da Record TV. Jennifer Natalia Pedro, de 21 anos, que já havia sido presa, em caráter temporário, depois que cães farejadores detectaram indícios da presença dela e da criança nas proximidades de uma cachoeira na região, disse que a criança teria morrido por asfixia após ter sofrido convulsoes.
Com o depoimento da mulher, novas diligências foram realizadas para localizar o corpo da menina, que nasceu prematura, com microcefalia e fazia uso de remédios controlados – ela completaria dois anos na próxima terça-feira (21). Suspeita-se que Ísis Helena teria sido deixada no rio dos Peixes, mas o corpo ainda não foi encontrado.
Segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), a mãe mudou a versão apresentada aos políciais responsáveis pela investigação. Agora, ela sustenta que a filha com teve febre, por volta da meia-noite e ela deu o medicamento ibuprofeno.
Em seguida, Jennifer teria dado mamadeira com leite para a bebê e ido dormir, por volta das 4h. Às 6h15, ela teria acordado e encontrado a menina já "fria". Ísis Helena "tinha espuma e leite nos cantos da boca". Ainda de acordo com a versão, a menina teria sofrido convulsões e morrido por asfixia.
Então, Jennifer teria se desesperado e decidido levar o corpo da menina para o rio. Em seguida, a mulher disse ter consumido drogas no mesmo local onde diz ter abandonado a filha e consumido drogas.
A avó da bebê, demonstrou surpresa pela ao saber da confissão, garantiu que não sabia da participação da filha na morte da neta e negou ter escondido informações sobre um suposto crime para proteger Jennifer. "Não acredito. E não estou acobertando ninguém. Estou sofrendo pela minha neta", disse Rose ao apresentador Luiz Bacci, do programa Cidade Alerta.
Em nota, o advogado João Benedito Camilo Pellisser anunciou que estariava abandonando a defesa de Jennifer por "questões de ética e quebra de confiança".
A SSP-SP enviou à produção do Cidade Alerta, da Record TV, uma nota relativa ao andamento as investigações da morte de Ísis Helena com a confirmação da confissão feita pela mãe da menina.
"Conforme já reportado pela imprensa com ampla divulgação em todo país, a Policia Civil, via Delsecpol Mogi Guaçu e Dig ( Delegacia de Investigações Gerais), informa: há 47 dias, estamos trabalhando exclusivamente na investigação do desaparecimento da criança Ísis, fato que ganhou repercussão nacional. Iniciamos os trabalhos via DDM (Delegacia da Defesa da Mulher) de Itapira, como subtração de incapaz, porém logo foram denotadas as variadas contradições da mãe Jeniffer. O procedimento no dia 16 de março foi avocado pela Seccional e distribuído à Dig. Trabalhos de inteligência policial, de campo e levantamentos de câmeras foram efetuados e a investigação tecnicamente provou que duas versões apresentadas pela mãe não se sustentavam. Ante os fatos, representação foi ofertada ao Ministério Público e juiz da comarca de Itapira, demonstrando esses fatos. Com isso, foi expedido o decreto de prisão temporária da mãe Jeniffer. Com sua prisão, no último dia 17 de abril de 2020, após ter ciência do caminho que a investigação tomou, com suas versões sendo totalmente desmontadas, não restou outra alternativa para Jeniffer a não ser em dar uma nova versão, a qual vai ao encontro do relatório de investigação. Declinou que, por ocasião dos fatos, a criança teve febre por volta de 0h do dia dois de março de 2020, dando o remédio ibuprofeno; pela madrugada lhe deu uma mamadeira e dormiu. Quando acordou pela manhã às 06h15, a criança estava gelada com a boca com espuma e leite, constatando que ela estava morta. Levou seu outro filho na creche, pegou sua motocicleta na casa da mãe, retornou para casa, muito temerosa com o que pudesse ocorrer, colocou o corpo da criança em uma mochila e dirigiu-se até as 'duas pontes', onde está localizado o rio do Peixe (Itapira) e lá despediu da criança e jogou o corpo nas águas. Viu que a criança inicialmente afundou, depois boiou, perdendo-a de vista. Retornou, foi com a avó no mercado e, na volta, anunciou a subtração da criança Ísis. Foi possível determinar a roupa com que a criança estava quando a mãe se desfez do corpo, sendo um body. rosa (foto anexada). Com isso, as buscas seguem com objetivo de encontro de vestígio ou o corpo da criança. Há ainda trabalhos investigativos a serem executados. Jeniffer está com prisão temporária decretada e será pedida a prorrogação dessa prisão".