Os jogadores e comissão técnica da Roma aceitaram ficar quatro meses sem receber salários para não prejudicar as finanças do clube, prejudicado pela paralisação do esporte com a pandemia do novo coronavírus. O futebol na Itália está sem jogos desde o dia 9 de março e não há previsão de quando será retomado.
O país foi um dos mais atingidos pela pandemia. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Itália está com mais de 178 mil casos e mais de 23 mil mortes para o COVID-19.
“Sempre conversamos sobre a união na Roma e, de forma voluntária, os salários foram cortados pelo resto da temporada. Os jogadores, o treinador [Paulo Fonseca] e sua comissão técnica provaram que estamos realmente juntos nisso”, afirmou Guido Fienga, CEO da Roma.
Pelo acordo, jogadores e comissão técnica “concordaram em pagar coletivamente a diferença salarial dos funcionários da Roma que foram colocados no sistema de segurança social [do governo italiano], para que recebam seu salário líquido regular”.
A decisão dos jogadores da Roma é até aqui a mais generosa entre os grandes clubes europeus. No Barcelona, os atletas, liderados por Lionel Messi, aceitaram reduzir os vencimentos em 70% para que os funcionários do clube pudessem ter seus salários integrais.
Na Roma, o atacante bósnio Edin Dzeko, capitão da equipe, foi quem liderou as conversas para que houvesse o corte salarial.
“Edin Dzeko, todos os jogadores e o treinador demonstraram entender o que a Roma representa. Também agradecemos a todos pelo excelente gesto em relação aos funcionários do clube”, acrescentou o dirigente.