O Brasil registrou 115 mortes por COVID-19 entre ontem (18) e hoje (19), informou neste domingo o Ministério da Saúde. É o menor número de vítimas para um dia desde segunda-feira (13), quando foram computadas 105 mortes. O total de vítimas do novo coronavírus no país chegou a 2.462.
O total de casos da doença chegou a 38.654, sendo que 2.055 foram registrados de ontem para hoje. É também o menor número de casos diários desde terça (14), quando foram somados 1.832.
Os números divulgados pelo Ministério da Saúde foram atualizados às 17h deste domingo.
A quantidade de casos e vítimas tende a ser maior do que a registrada até o momento, porque há uma defasagem nos dados registrados pelo Ministério da Saúde. Além de os boletins diários refletirem os números de cada estado nas 24 horas anteriores, outro problema é a demora na realização de testes para COVID-19 e na obtenção de seus resultados.
SP passa de mil mortes
São Paulo é, em números absolutos, a unidade da federação mais afetada pela pandemia. O estado ultrapassou hoje o patamar de mil mortos por COVID-19, chegando a 1.015 vítimas do novo coronavírus em 93 cidades. O estado acumula 14.267 casos confirmados em 228 municípios.
Segundo o governo paulista, entre casos confirmados e suspeitos, há pelo menos 5.600 pessoas internadas em hospitais do estado, sendo 2.345 em UTIs. A CNN noticiou esta semana que um dos hospitais de referência em São Paulo, o Emíio Ribas, está com a UTI lotada.
Rio de Janeiro (402), Pernambuco (216), Ceará (186) e Amazonas (182) são os outros estados brasileiros com mais de 100 vítimas, mas todas as unidades da federação já registraram óbitos por COVID-19.
Nove estados têm mais de mil casos confirmados: São Paulo (14.267), Rio de Janeiro (4.765), Ceará (3.252), Pernambuco (2.459), Amazonas (2.044), Bahia (1.230), Minas Gerais (1.154), Maranhão (1.205) e Espírito Santo (1.099).
Rio de Janeiro (402), Pernambuco (216), Ceará (186) e Amazonas (182) são os outros estados brasileiros com mais de 100 vítimas, mas todas as unidades da federação já registraram óbitos por COVID-19.
Nove estados têm mais de mil casos confirmados: São Paulo (14.267), Rio de Janeiro (4.765), Ceará (3.252), Pernambuco (2.459), Amazonas (2.044), Bahia (1.230), Minas Gerais (1.154), Maranhão (1.205) e Espírito Santo (1.099).
Testes insuficientes
No boletim epidemiológico divulgado ontem à noite pelo Ministério da Saúde, no momento, o governo reconheceu que a atual capacidade de testes no Brasil é "insuficiente para o controle da epidemia".
Segundo o documento, "o Brasil tem capacidade aproximadamente 2 a 3 mil exames diários no país, notadamente insuficiente para o controle da epidemia em um país com a população acima de 200 milhões de habitantes, com dificuldades logísticas e de acesso."
De acordo com o boletim, isso ocorre porque apenas 10% dos laboratórios designados até o momento para processar os testes têm "métodos automatizados para a extração do material genético e demais etapas de processamento da metodologia de RT-qPCR".
"Além disso, cabe ressaltar que, devido a essas dificuldades, o grande tempo decorrido entre a coleta da amostra, processamento e liberação do resultado implica na perda da oportunidade de isolamento e, consequentemente, no aumento do número de comunicantes e prováveis novos infectados por caso confirmado", diz o Ministério da Saúde.
Para aumentar a capacidade de testes para o coronavírus, o Ministério da Saúde diz que quer usar laboratórios de genética forense da Polícia Civil nos estados, estruturas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e de novos hospitais ligados ao Ministério da Defesa.
Também poderão fazer parte da estratégia de ampliação dos testes a formação de parcerias público-privadas e a utilização de equipamentos da rede de testes para HIV, hepatite e tuberculose, que estão em todos os Estados.
O governo já comprou milhões de testes, mas ainda não recebeu, já que o insumo está escasso em um momento em que todos os países tentam aumentar a capacidade de testagem. De acordo com o boletim, o Ministério da Saúde distribuiu dois milhões de testes rápidos, com previsão de que mais sete milhões sejam distribuídos até o fim de maio. "Além disso, está prevista a abertura de chamamento público para a compra de mais 12 milhões de testes rápidos a serem distribuídos a estados e municípios", completa o texto.
Segundo o boletim, com a maior oferta de testes, a recomendação é que idosos, portadores de condições de riscos como cardiopatias graves, asma e diabetes e gestantes de alto risco tenham prioridade nos exames, e, em seguida, a população economicamente ativa, pessoas de 15 a 59 anos.