O advogado paraibano Levi Borges, de 72 anos, foi morto a tiros, nesta quinta-feira (9), quando chegava a um condomínio onde mora a filha dele, na Praia do Paiva, em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As informações são da TV Clube, afiliada da Record TV em Pernambuco.
A vítima teria chegado ao condomínio dirigindo uma caminhonete, acompanhado de uma mulher que estava no banco do passageiro, quando teve o veículo interceptado por bandidos que estavam em outro carro. Um criminoso desceu, pediu que ele saísse da caminhonete e atirou. Borges chegou a ser socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu.
Os criminosos fugiram e até o fechamento desta matéria nenhum suspeito havia sido preso. Em nota ao Portal Correio, a Polícia Civil de Pernambuco explicou que segue investigando o caso, mas não divulgou detalhes.
“A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da 13ª Delegacia de Polícia de Homicídios/DHMS – sob responsabilidade do delegado Cláudio Neto, está realizando diligências no local do crime, no Cabo de Santo Agostinho. Perícias, ouvidas, análise de imagens, todo tipo de informações e materiais serão coletados para que a polícia solucione essa ocorrência no menor tempo possível. Para que não haja prejuízo às investigações, não serão repassadas mais informações e detalhes do fato, enquanto a polícia trabalha firme para esclarecer o contexto, a motivação e indicação de autoria”, disse.
Instituições lamentam
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), divulgou nota de pesar. “O chefe do Executivo manifesta solidariedade aos amigos e familiares, rogando para que Deus conforte a todos neste momento de dor e tristeza”.
A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE) também lamentou. “Defensor público por mais de 35 anos, Levi ingressou na Instituição ainda como advogado de ofício e atuou por muitos anos na comarca de Santa Rita [Grande João Pessoa]. Como defensor, sempre manteve conduta irrepreensível. Também foi vereador nos anos 1970, professor universitário do curso de Direito e presidiu o extinto Sindicato dos Defensores Públicos do Estado da Paraíba. Ele estava aposentado do cargo de defensor público desde o final do ano passado”, afirmou.
“Em nome de todos os membros da DPE-PB, o defensor público-geral da Paraíba, Ricardo Barros, expressa solidariedade aos amigos e familiares neste momento de dor, ratificando votos de pesar pela grande perda e agradecimento à dedicação e trabalho prestado à Defensoria Pública e a sociedade paraibana”.
A Associação Paraibana de Advocacia Municipalista (Apam) se posicionou sobre o caso. “Homem de caráter reto e de grande contribuição à advocacia paraibana. Grande jurista, professor e grande pessoa. Uma perda grande em todos os sentidos. Estamos muito indignados pela forma violenta de sua morte e desejamos que os bandidos sejam identificados e presos o quanto antes”, declarou o presidente das Apam, Marco Villar.
Marco se solidarizou com a família de Levi e destacou a sua trajetória de profissional combativo, sempre atento à defesa do exercício pleno da advocacia e da melhoria no acesso à Justiça por quem mais precisa. “Que Deus possa confortar sua família. O legado de Levi Borges ficará sempre na memória da advocacia paraibana”, ressaltou.
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) emitiu nota. “Pessoa respeitada e bem quista no segmento da advocacia, judiciário, político e da sociedade pessoense como um todo, Levi deixa, com sua partida prematura, um sentimento de revolta pela violência que lhe vitimou, além da tristeza que representa seu falecimento. Aos familiares, amigos, ex-alunos e admiradores do trabalho de Levi Borges, a Mesa Diretora da Câmara de João Pessoa, em nome de todos os parlamentares da Casa Napoleão Laureano, expressa seus votos de pesar”.