A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recuperou 129 bolsas de pós-graduação para 32 programas na instituição. A universidade possui 217 bolsas a menos, tendo em vista que, inicialmente, foram cortadas 346 auxílios.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) enviou ofício às universidades corrigindo o número de bolsas de pós-graduação em virtude de nova distribuição realizada pela Portaria Nº 34.
Os programas de pós da UFPB que tiveram devoluções de bolsas foram Química (duas de mestrado e cinco do doutorado), Sociologia (duas no mestrado e 12 doutorado), Ecologia (duas de mestrado), Economia (seis no mestrado), Educação (uma de mestrado), Energias Renováveis (uma no mestrado), Enfermagem (duas no doutorado), Engenharia Civil (uma de mestrado), Engenharia Elétrica (quatro no mestrado) e Engenharia Mecânica (três de mestrado).
Também devolveram para os cursos de Física (duas de metrado e nove do doutorado), Geografia (seis no mestrado), Letras (nove de mestrado), Matemática (quatro no mestrado), Modelagem Matemática (uma de mestrado), Modelos de Decisão de Saúde (uma de mestrado e três de doutorado), Música (uma no mestrado), Psicologia Social (uma de mestrado) e Agronomia (sete de doutorado).
Ainda foram contemplados os programas de Ciência Animal (três de mestrado), Zootecnia (oito no mestrado), Administração (duas de mestrado), Antropologia (seis no mestrado), Arquitetura e Urbanismo (uma no doutorado), Artes Visuais (três de mestrado), Ciência da Informação (uma no mestrado e duas no doutorado), Agroecologia (duas de mestrado), Ciências Biológicas (duas no mestrado e três de doutorado), Nutrição (uma no doutorado), Ciências Jurídicas (uma de mestrado), Desenvolvimento do Meio Ambiente (nove no mestrado) e de Computação, Comunicação e Artes (uma no mestrado).
A pró-reitora de Pós-Graduação (PRPG) da UFPB, professora Maria Luiza Feitosa, avalia como positivas as mudanças para a instituição, mas questiona os critérios adotados.
“De qualquer forma, tivemos uma devolução significativa das bolsas, uns 40%. No entanto, o que se percebe é que ainda não está sendo aplicado totalmente o modelo de redistribuição de bolsas, criado pela própria Capes. No primeiro momento, o padrão existente não foi contemplado e questionamos isso. Desta vez, seguiram menos ainda os parâmetros e não sabemos os critérios adotados”, argumenta.
Para a professora, as modificações na Capes vêm gerando insegurança com relação às concessões das bolsas. “Ninguém sabe como estão trabalhando. Não há dados seguros de que área foi mais ou menos contemplada. A Capes está sem divulgar informações dos números totais no país. De maneira imediata, podemos dizer que o retorno de bolsas foi positivo. Mas a insegurança persiste por não sabemos a partir de que critérios estão tirando e devolvendo as bolsas”, acentua.
De acordo com dados da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da UFPB, sobre o antes e o depois do modelo de redistribuição da Capes, programas como Ciência do Solo e Serviço Social continuam sem bolsas de mestrado. Filosofia e História também permanecem com as bolsas de mestrado cortadas, viraram cotas de empréstimo (não pertencem mais à UFPB e continuam valendo até os contratos com os bolsistas se encerrarem).
O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) alerta que a Portaria Nº 34 ocasionou perdas de bolsas nos programas de pós-graduação e aumentou cortes que já tinham começado no ano passado. “Os cortes independem da nota ou região em que se encontram os cursos. Nem mesmo os programas nota 6, padrão de excelência internacional, foram poupados”, comenta a gestora da UFPB.