O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira teria recebido propina para votar a favor do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. A afirmação foi revelada nesta segunda-feira (7) em um documento da Justiça dos Estados Unidos.
"Vários membros do comitê executivo receberam subornos em conexão com seus votos. Por exemplo, os réus Ricardo Teixeira, Nicolas Leoz [ex-presidente da CONMEBOL] receberam pagamentos de suborno em troca de seus votos a favor do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022", afirma o documento, que não revela os valores pagos aos cartolas.
Ao final do ano passado, a Fifa considerou Ricardo Teixeira culpado por crimes de suborno e proibiu o cartola de se envolver em atividades ligadas ao esporte. Ele também foi multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 5,4 milhões).
A denúncia da justiça norte-americana aponta ainda que foram oferecidas também propinas ao ex-presidente da Concacaf Jack Warner e o ex-presidente da Federação Nacional de Futebol da Guatemala Rafael Salguero em troca dos votos favoráveis ao Catar.
De acordo com o documento, Teixeira e outros cartolas "usavam suas posições para se engajar em esquemas que envolvem a solicitação, oferta, aceitação, pagamento e recebimento de pagamentos, subornos e propinas não divulgados e ilegais."