A OMS voltou a destacar nesta sexta-feira (27) a necessidade das medidas de isolamento social para conter as infecções pelo novo coronavírus, alertando que não é possível saber quanto tempo a pandemia vai durar e que estamos entrando em um campo de incertezas.
O foco das atuações de cada país devem ser sempre o “máximo controle da doença e impacto mínimo na economia e na vida das pessoas”, disse o doutor Michael J. Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências Globais da OMS.
O diretor-geral, Tedros Adhanom, também confirmou que a doença já deixou mais de 500 mil pessoas doentes e o número de mortos passou de 20 mil. Mais de 100 mil pacientes já se recuperaram.
Na manhã de hoje, o diretor teve uma reunião com mais de 50 ministros da saúde do mundo para discutir como a doença está sendo acompanhada e tratada. Ele destacou as ações na China, Coreia do Sul, Japão e Singapura para identificar os casos, isolar os doentes, acompanhar os movimentos e o sucesso nas quarentenas.
A organização também reforçou a importância do distanciamento social, de ficar em casa e lavar as mãos ao falar que pessoas que apresentam sintomas iniciais ou muito leves são os principais transmissores da doença. Estas pessoas não procuram atendimento médico e costumam não ser identificadas como infectadas, mas mesmo podem passar a doença.
Segundo os especialistas, o termo assintomático é ruim para explicar a transmissão do coronavírus, já que as pessoas estão na fase inicial da doença, mas já estão infectados.
Tedros agradeceu a ajuda trilionária do G20, que vai investir na cura e no tratamento da pandemia. Até agora não existe uma vacina para o coronavírus, e o diretor da OMS disse que a previsão para o aparecimento de uma é em até 18 meses.