O meio-campo equatoriano Renato Ibarra, do América-MEX e da seleção equatoriana, foi preso preventivamente sob a acusação de violência familiar, tentativa de aborto e tentativa de feminicídio contra sua mulher Lucely Chalá, que está grávida de dois meses e meio.
Ibarra, seu irmãos Brian e Alexandra e mais dois familiares estão detidos pelo menos até o próximo sábado. Na quinta-feira, haverá uma audiência para examinar a defesa dos envolvidos.
De acordo com a Justiça mexicana, a condenação por tentativa de feminicídio pode chegar a 40 anos de prisão.
A mulher de Ibarra está se recuperando das agressões em um hospital. Em entrevista à revista mexicana "TV Notas", ela contou como foi agredida pelo marido e parentes dele. O filho mais velho de Lucely tentou defender a mãe com uma espada de brinquedo.
"Estávamos no quarto e ele ele me puxou pelo cabelo e me empurrou contra a parede. Enquanto me batia, seus parentes, no lugar de detê-lo, começaram a bater na minha irmã (Karen, de 31 anos) e em mim. Um amigo que estava na casa nos socorreu e nos escondeu", narrou Lucely, de 24 anos.
Lucely revelou ainda que quando a polícia chegou na casa, Ibarra tentou usar sua fama de jogador e suborná-los com forte dinheiro.
Em seu depoimento, divulgado na imprensa mexicana, Lucely contou que as agressões começaram em dezembro passado após ter sofrido um aborto espontâneo. Mesmo depois de ter engravidado novamente no início deste ano, ela continuou sendo agredida.
O clube mexicano repudiou as atitudes de jogador de 29 anos e a diretoria deve rescindir o contrato do meio-campo. Ele teve seu vínculo renovado em maio do ano passado até 2023. Os dirigentes aguardam apenas o resultado da audiência desta quinta-feira.
No último domingo, Dia Internacional da mulher, uma manifestação tomou as principais ruas da capital mexicana contra a violência de gênero.