A empresa Elfa Medicamentos, que já apareceu em inquérito civil do Ministério Público da Paraíba (MPPB), teve um faturamento superior de mais de R$ 10 milhões em apenas dois anos e aparece numa lista de empresas procuradas para “fechar acordo eleitoral” com a candidatura de Lucélio Cartaxo (PV).
Segundo o MPPB, além da Elfa, também teriam sido procuradas a Tecnocenter, Especifarma, MegaMed, Tutto Limp, Depósito Geral de Suprimentos Hospitalares, Panorama e Diet Food, todas com interesse eleitoral.
Só à Elfa Medicamentos teriam sido pagos pela gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano cartaxo, R$ 5.642.302,48 em 2019, e R$ 4.955.319,73 em 2018, conforme dados da Transparência da Prefeitura de João Pessoa. Em 2020, R$ 846.310,42 aparecem como “pagamento de restos” nas despesas do município.
Ainda de acordo com a denúncia do MPPB, o fornecimento de produtos para a Secretaria de Saúde de João Pessoa desde o início da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PV), funciona através de um esquema chamado “vale”, onde, este, seria a entrega de material por parte de uma empresa com valor superior ao praticado no mercado. No entanto, mesmo mediante pagamento, as empresas não chegavam a realizar a entrega do material, ou faziam de forma parcial.
O Ministério Público Federal (MPF) recebeu a denúncia e em março de 2019 a arquivou devido a falta de subsídios para prosseguir com a investigação. A mesma denúncia foi protocolada no MPPB, que declinou da competência. Desta forma, a ação estaria mais uma vez com o Ministério Público Federal (MPF).
Em janeiro deste ano, a própria PMJP alegou que somente a ação investigativa junto ao MPPB foi arquivada. Porém, após a recusa do MP Estadual devido a falta de competência, já que se tratava de recursos federais, não há informação oficial sobre um novo arquivamento promovido pelo MPF.