Carnaval tão próximo e não há momento mais oportuno para lembrar a importância de algo essencial: o uso da camisinha. É nesse período que as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o HIV tendem a aumentar. Por isso, vamos esclarecer as principais informações que todo folião precisa saber para curtir essa festa com mais consciência e tranquilidade.
Camisinha é um método 100% seguro e efetivo de prevenção ao HIV
Seja ela masculina ou feminina, a camisinha é ESSENCIAL! Isso porque essa é a ÚNICA forma de evitar a troca e contato de fluídos durante a relação sexual. Além de evitar uma gravidez indesejada, o uso de camisinha protege contra várias Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como gonorreia, sífilis, herpes e o próprio HIV.
Então, ficamos entendidos? O uso do álcool nesse Carnaval não pode ser desculpa para esquecer a camisinha! #Vamoscombinar.
Sexo oral só é seguro com camisinha
Muitas pessoas consideram que, como não se trata de uma área genital, há pouco ou nenhum risco de contaminação. Mas isso está totalmente errado e precisa ser desmistificado.
A camisinha deve estar presente não somente quando há penetração vaginal ou anal, mas no sexo oral também, pois durante o ato há troca de fluídos que podem causar as IST.
É possível evitar que o HIV se instale no organismo após uma situação de risco
A chamada PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é considerada uma urgência médica, que consiste em um tratamento que combina três remédios. Ela é recomendada especialmente nos casos de violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha) e acidente envolvendo profissionais de saúde (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
A PEP deve ser deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente, nas primeiras 2 horas após a exposição ou, no máximo, até 72 horas depois. O medicamento deve ser usado por 28 dias consecutivos e a pessoa exposta deverá ser acompanhada pelo médico por 90 dias.
A medicação é oferecida em serviço de urgência e emergência, ou serviços de atenção especializada, conforme a disponibilidade de cada localidade. O Ministério da Saúde deixa claro que a PEP NÃO deve substituir o uso de preservativo, pois esse é o meio mais eficiente para se prevenir contra o HIV as IST.
Existe uma terapia de prevenção ao HIV para populações-chave
A PrEP – profilaxia pré-exposição ao HIV – é um tratamento feito por pessoas que não contraíram o vírus HIV, que consiste no uso diário de antirretrovirais, com o intuito de reduzir o risco de infecção nas relações sexuais. O seu uso correto reduz em mais de 90% o risco de infecção pelo HIV.
A PrEP, no entanto, não é pra todos, ela é indicada para pessoas com risco e vulnerabilidades, como trabalhadoras (es) do sexo e casais sorodiferentes – quando apenas um deles possui o vírus.
Assim como a PEP, a PrEP também não tem qualquer efeito sobre outras infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia e HPV e, por isso, não substitui a camisinha.
Teste rápido pode detectar HIV em 30 minutos
Se você se expôs a alguma situação de risco e está na dúvida, faça o diagnóstico. Além do teste feito por exame de sangue, há um teste que detecta os anticorpos do HIV por meio da mucosa oral. O resultado fica pronto em apenas 30 minutos. O ideal é fazê-lo 30 dias após a situação de risco.
Quanto antes a pessoa com o vírus começa o tratamento, melhor para sua saúde
No Brasil, todas as pessoas diagnosticadas com HIV recebem tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde. O tratamento reduz as complicações relacionadas às infecções pelo HIV; melhora a qualidade de vida e melhora as chances de não adoecer e de chegar à carga viral zero, reduzindo a possibilidade de transmitir o vírus para outras pessoas. Por isso, é muito importante fazer regularmente o teste para o HIV e, se der positivo, iniciar o quanto antes o tratamento.
Estar juntinho no suor da muvuca do Carnaval não transmite HIV
Assim como não existe nenhum risco em compartilhar talheres, copo, toalha, lençóis, piscina, banheiros, assento de transporte público, também não existe risco de contrair HIV ao se jogar na muvuca do Carnaval. No mais, vamos ser felizes nessa folia e aproveitar a festa da maneira mais segura possível! (Fonte: Ministério da Saúde)