Em meio a paralisação de policiais militares, o estado do Ceará registrou 122 assassinatos desde a quarta-feira (19). A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará informou que somente no (22) foram registrados 34 mortes. Os protestos começaram na terça-feira (18).
Os crimes ocorrem após uma greve declarada por parte de policiais militares que reivindicam reajuste salarial. Grupos de policiais se organizam em motins em quarteis de pelo menos cinco cidades cearenses. Em alguns municípios foram há relatos de policiais militares encapuzados em confronto com outros policiais militares e civis.
Os chamados crimes violentos letais intencionais (CVLIs) englobam os casos que se enquadram como homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio em todo o estado.
Na sexta-feira (21), o número de mortes chegou a 37. Na quinta (20), foram contabilizados 22 homicídios, enquanto que na quarta (19), 29 casos entraram na estatística. Na terça-feira (18), cinco mortes foram registradas. Na última segunda-feira (17), foram registradas três mortes. O amotinamento de parte dos policiais militares começou na terça-feira à noite.
Ao todo, 2,8 mil homens ocupam as ruas da capital e de algumas cidades do interior com o intuito de amenizar os efeitos da crise na segurança pública. A medida está dentro da Garantia da Lei e da Ordem decretada pelo presidente Jair Bolsonaro.