O estudante Clayton Tomaz de Souza, de 32 anos, cujo corpo foi identificado hoje pelos pais depois de ficar desaparecido desde o dia 6 deste mês, havia gravado um vídeo no dia 27 de janeiro alertando que corria o risco de ser assassinado. Mais do que isso, ele disse, na gravação, que os responsáveis poderiam ser “os guardinhas da UFPB”. O caso está sob a responsabilidade do delegado Paulo Josafá. O vídeo está disponível no perfil de Clayton, cujo apelido era Alph, no Twitter.
“Sabe quando tem aquelas moscas em volta da b****? Eu me sinto a b****. Estou brincando assim, mas o fato é que a minha vida está em risco, hein, galera? Qualquer hora esses cabras dão cabo de mim. Fica aí o recado. Se eu aparecer morto, foram eles. Não tem outros: foram os guardinhas da U…”. O vídeo termina sem que a frase tenha sido completada.
Clayton era natural de Arcoverde, interior de Pernambuco, estudava Filosofia e lutava jiu-jitsu. Na última vez que foi visto, saiu de casa, no bairro do Castelo Branco, em João Pessoa, apenas com a roupa do corpo.
O cadáver foi encontrado no dia 8, com um tiro na cabeça, mas apenas nesta segunda-feira os pais do jovem fizeram sua identificação. Ele foi encontrado em uma mata em Gramame
O Diretório Central dos Estudantes da UFPB emitiu uma nota de pesar pela morte de Clayton. Confira:
O DCE UFPB lamenta a morte do estudante de filosofia Alph Tomaz, ex coordenador geral de nossa entidade na gestão “Pra Frente” nos anos de 2016/2017. Sendo também presidente do Centro Acadêmico de Filosofia por três anos. Alph foi conselheiro estudantil do CONSUNI (Conselho Superior Universitário) por dois anos, e membro estudantil na comissão da revisão estatutária da UFPB (ESTATUINTE) pelo CCHLA.
As diferenças políticas nesse momento são insignificantes, pelo tamanho da perda do Movimento Estudantil da UFPB no dia de hoje, desejamos conforto aos familiares e amigos/as.
Quando um/a estudante morre todos/as nós sofremos, pois é a interrupção de sonhos e metas comuns a todos/as nós estudantes que fazemos parte da UFPB.