Uma professora do ensino fundamental de Michigan, nos Estados Unidos, ficou chocada quando descobriu que tinha duas vaginas e dois úteros. Bethany McMillin, 27, soube da sua rara condição em 2018, durante o ultrassom da sua primeira gestação. No entanto, o feto parou de se desenvolver com apenas seis semanas. Em entrevista ao Daily Mail, ela contou que, na época, acabou sofrendo um aborto e ficou arrasada ao saber que a condição poderia impedí-la de dar à luz um bebê. Isto porque o risco de um segundo aborto espontâneo ou parto prematuro era muito alto.
"O médico disse que nunca tinha visto um paciente com anatomia como a minha antes, então não havia realmente nada que ele pudesse me dizer sobre isso. Um mês depois, fui fazer um check-up, e o ginecologista de notou que também tenho um septo vaginal completo que divide minha vagina em duas seções; essencialmente, eu também tenho duas vaginas. Fiquei muito confusa. Eu nunca tinha ouvido algo assim antes, nem sabia que era possível. Não entendi como nasci assim e nunca soube", conta.
Contra as probabilidades, a professora descobriu que estava grávida cerca de um ano depois e deu à luz uma menina, Maeve, em setembro de 2019. Ela disse que quando descobriu que estava grávida novamente, não quis ficar animada por causa dos riscos. "Fiquei preocupada porque não sabia se algum médico da minha cidade sabia o suficiente sobre a minha condição para prestar assistência pré-natal adequada", lembra. “Não me deixei ter esperança até depois das nove semanas, quando ouvi o batimento cardíaco saudável do meu bebê. Foi mais longe do que chegamos da última vez, e as estatísticas dizem que ter um batimento cardíaco saudável depois de apenas seis semanas é um forte indicador de que você não abortará", afirma.
MAIS CONSCIENTIZAÇÃO
Agora, Bethany quer ajudar a aumentar a conscientização sobre sua condição, já que lutou para reunir informações sobre como lidar com o problema. E ainda descobriu maneiras de facilitar sua vida, como usar dois absorventes internos para cada vagina durante o período menstrual. "Conheça seu próprio corpo", aconselha. "Essa condição é rara e pode variar muito de mulher para mulher. Há muitas coisas que não se sabem ainda e, mesmo o que se sabe a respeito, pode não se aplicar a todas as mulheres", finalizou.