Um vídeo que mostra um médico humilhando uma profissional de Enfermagem num hospital em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, tem repercutido nas redes sociais desde a terça-feira (11).
Nas imagens, o psiquiatra Gilberto Luna aparece bastante irritado, chama a profissional de incompetente e diz que vai procurar o gerente do hospital. “Amanhã eu vou chegar no gerente geral do hospital para falar sobre você, como médico. Você é uma miserável, sua f…”.
Inicialmente o médico chegou ao Hospital Nossa Senhora de Fátima como paciente, para “se hidratar” após ter “se excedido” em uma comemoração com funcionários na noite de segunda-feira, conforme ele mesmo explicou.
Depois que a profissional de enfermagem pediu para que ele aguardasse um pouco pelo procedimento, Gilberto Luna se irritou, se levantou da maca e se identificou como médico. Ele disse que ele mesmo faria a aplicação e começou a proferir reclamações e xingamentos.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) afirmou em nota estar acompanhando o caso. “Sobre o incidente abusivo e repulsivo de um médico contra uma profissional de enfermagem, informamos que já foi designada uma conselheira para apurar os fatos e, em seguida, tomada urgente de providências”, diz a publicação.
Na Paraíba, a presidente do Coren-PB, Renata Ramalho, classificou o episódio como um “completo absurdo”. “É inaceitável que uma profissional de Enfermagem seja agredida verbalmente de maneira tão desrespeitosa em seu local de trabalho”. E completou: “Infelizmente cenas como esta ocorrem em todo Brasil e cabe a instituições fiscalizadoras dar um basta em casos como este, agindo com firmeza”, avaliou.
Após a repercussão, o médico publicou um vídeo em sua conta pessoal no Instagram assumindo ataques e pedindo desculpas a profissional. “Com certeza, fui incorreto e exagerado. Acabei mencionando palavras que não são palavras adequadas a uma funcionária. Eu venho de pronto pedir desculpas a essa funcionária e à classe da enfermagem. […] Hoje estão me crucificando na internet, dizendo que um médico maltratou uma enfermeira. Naquele momento eu não era médico, eu não sou médico 24h”, afirmou.