A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) publicou uma postagem no Twitter nesta segunda-feira, 3, criticando a cineasta Petra Costa por “denegrir uma nação” com o seu documentário, Democracia em Vertigem, que trata dos fatos que resultaram na chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
Em um vídeo postado em sua conta oficial, a Secom sustenta que a cineasta “assumiu o papel de ativista anti-Brasil” e questiona algumas declarações dela durante entrevista concedida no fim de semana a um canal americano.
Entre os indicados, o filme "Democracia em Vertigem" não se destaca na lista; VEJA no link abaixo!
https://www.claro.com.br/tv-por-assinatura/programacao/oscar
A peça, de quase três minutos, mostra a diretora afirmando que desde a chegada de Bolsonaro ao poder, em janeiro de 2019, aumentou o número de mortes em ações policiais no estado do Rio de Janeiro e que o presidente incentiva fazendeiros a invadir terras indígenas e queimar a floresta amazônica.
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Nos Estados Unidos, a cineasta Petra Costa assumiu o papel de militante anti-Brasil e está difamando a imagem do País no exterior. Mas estamos aqui para mostrar a realidade. Não acredite em ficção, acredite nos fatos.
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18:16 – 3 de fev de 2020
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A Secom inseriu legendas para questionar vários destes argumentos.
Em uma série de tuítes em português e inglês, a secretaria repetiu as críticas e acrescentou: “É incrível que uma cineasta possa criar uma narrativa cheia de mentiras e prognósticos absurdos a fim de denegrir uma nação só porque não aceita o resultado das eleições”.
Petra Costa, de 36 anos, disputa o Oscar de melhor documentário com Democracia em Vertigem, uma produção da Netflix, na qual faz uma retrospectiva de um ponto de vista pessoal dos eventos recentes que marcaram a política brasileira.
A fita, de duas horas, narra a chegada da esquerda ao poder com Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, em 2003, o impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, em 2016, a prisão de Lula em 2018 por corrupção e a ascensão de Bolsonaro.
Petra Costa tem uma longa carreira como documentarista. Seu filme de estreia, Olhos de Resssaca (2009), foi exibido no Moma de Nova York e ganhou, entre outros, o prêmio de melhor curta-metragem no London International Documentary Festival. Seguiram-no Elena (2012) e O Olmo e a Gaivota (2015), ambos igualmente premiados.
Na cerimônia do Oscar no próximo domingo 9, Democracia em Vertigem competirá com outros quatro indicados (American Factory, The Cave, For Sama e Honeyland).