O presidente dos EUA, Donald Trump, vai permanecer no cargo até o fim deste mandato, pelo menos. Em uma votação cujo resultado era previsível por diversas questões partidárias, o processo de impeachment contra ele foi encerrado nesta quarta-feira (5).
Com 52 votos entre os 53 senadores republicanos, Trump foi absolvido das acusações de abuso de poder. Um total de 48 senadores — 45 democratas, dois independentes e um republicano, Mitt Romney, o primeiro a votar contra o próprio partido na história dos EUA — votaram para condenar Trump. Romney votou a favor do presidente na segunda acusação, de obstrução de Justiça.
Para que ele fosse definitivamente afastado do cargo, era necessário que pelo menos 20 senadores do Partido Republicano votassem contra ele, já que são necessários dois terços dos 100 senadores.
Fim do processo
O impeachment de Trump dominou a política norte-americana desde o ano passado. Em dezembro, o processo foi aprovado pela Câmara dos Representantes com uma margem confortável, graças à predominância do Partido Democrata na casa.
Trump era acusado de violar as prerrogativas de seu cargo por pressionar o presidente da Ucrânia, Volodynyr Zelynskiy, a investigar negócios de Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente Joe Biden, no país. Ele chegou a suspender o pagamento de uma ajuda militar de US$ 400 bilhões (cerca de R$ 1,7 bilhão), como forma de pressão.
O resultado já era esperado porque os senadores republicanos se recusaram, durante todo o julgamento, a ouvir testemunhas, como o ex-conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, e incluir novas provas no processo.