A principal aposta da empresa americana de telecomunicações Motorola para este ano, quando o assunto se trata do setor de celulares, está em seu mais novo projeto: o Motorola Razr, um smartphone com pretensão de ser a opção mais compacta dentre os aparelhos de tela dobrável. O Terra pôde experimentar a novidade por aproximadamente duas horas, na sede da companhia, e entender um pouco mais sobre o produto.
Com data de lançamento marcada para o dia 4 de fevereiro nos Estados Unidos, o novo aparelho da Motorola tem uma proposta bem definida: ser o smartphone de tela dobrável mais compacto do mercado. No Brasil, a pré-venda está prevista para o dia 6.
Enquanto o Galaxy Fold, da Samsung, e o Mate X, da Huawei, são “celulares que se desdobram em tablets”, a ideia do Motorola Razr vai na contramão desse conceito: ser um telefone que dobra a tela e se torna menor, ocupando metade de um bolso de calça.
A ideia de ser compacto vai ao encontro de uma tentativa da empresa em captar o cliente com um toque nostálgico. O design e as funcionalidades do Motorola Razr são inspiradas em um clássico aparelho da companhia: o Motorola Razr V3, que fez sucesso nos anos 2000 e vendeu mais de 130 milhões de unidades no mundo, muito por conta da inovação do “flip”.
Assim como o celular dos anos 2000, o novo Razr embarca em uma inovação do mercado – neste caso, em 2020, as “telas dobráveis” – para chamar a atenção do consumidor. A principal novidade é a tela OLED, feita de plástico, que é amparada por dobradiças nas laterais, mecanismo que foi desenhado pela equipe da Motorola e desenvolvido por engenheiros da Lenovo, marca dona da companhia americana.
Na primeira vez em que o movimento para dobrar a tela touchscreen é realizado, o sentimento que vem é um misto de surpresa e receio. A princípio, há sempre um pequeno medo de que o display quebre ou algo de errado aconteça, mas é só sensação. Com o tempo, a tendência é de que fechar o flip do Razr seja uma tarefa tão rotineira quanto fazer ligações e mexer em redes sociais.
Outro ponto interessante que o Motorola Razr tem é a sua “tela frontal”, que aparece quando você fecha o flip do aparelho. Nele, é possível interagir com notificações, tirar selfies, enviar mensagens e atender chamadas telefônicas. Isso pode possibilitar uma nova forma de relacionamento com smartphones: não teremos mais que abrir o celular para resolver questões importantes.
A Motorola se posiciona de uma maneira interessante nesse início de mercado para os celulares de telas dobráveis. A empresa quer cativar o consumidor tanto pela nostalgia, relembrando um dos seus principais aparelhos telefônicos, mas também quer mostrar o potencial de um smartphone que tem foco na experiência da compactabilidade.
O preço – que é de US$ 1.500 nos Estados Unidos (algo em torno de R$ 6.300) -, no entanto, pode afastar os consumidores. Celulares com telas dobráveis, de fato, virão com valores mais salgados, vide o Samsung Galaxy Fold a R$ 13.000, mas o consumidor médio pode não ter como arcar com o custo. É um desafio geral para todas as marcas que investem nessa novidade tecnológica. Com o passar dos anos, a tendência é de que o custo de produção seja menor e, consequentemente, o preço final caia também.
Especificações técnicas
Tela (aberta): 6,2 polegadas
Tela (fechada): 2,7 polegadas
Câmera (externa): 16 MP
Câmera (interna): 5 MP
Bateria: 2500 mAh
Processador: Qualcomm Snapdragon 710