A bebê Emilly Vitória Genésio Matias, com pouco mais de um mês de idade, morreu após, supostamente, cair de uma maca do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em 11 de janeiro deste ano. O pai da criança, Diego Genésio Bezerra, registrou boletim de ocorrência nesta terça (4), na Central de Polícia em Campina Grande (PB), e suspeita que o caso tenha ocorrido durante uma transferência entre hospitais.
De acordo com o atestado de óbito liberado pelo Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, onde a criança estava internada, a morte ocorreu por um choque pós-cirurgia e uma hemorragia generalizada. A família mora em Soledade, na região de Campina.
Detalhes do caso
Prematura, a recém-nascida havia passado por uma intervenção cirúrgica nos primeiros dias de vida. Com um mês, a criança foi hospitalizada novamente no Isea com um vaso sanguíneo rompido e precisou fazer nova cirurgia, desta vez em decorrência de um aneurisma.
Para realizar esse procedimento, a criança foi transferida para o Hospital de Trauma de Campina Grande. De acordo com o hospital, a cirurgia foi concluída com sucesso e a transferência dela de volta para o Isea ocorreu “tranquilamente”.
Diego Genésio Bezerra, pai de Emilly (Foto: Reprodução/TV Correio)
Porém, de acordo com o pai da criança, em boletim de ocorrência registrado, “na hora de retirar a maca no Isea, um dos integrantes do Samu teria deixado a criança cair. A equipe médica teria ficado em choque, erguido a maca e seguido para a emergência”. Ainda de acordo com o pai, algumas horas depois ele foi informado que a criança estava morta.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campina Grande disse que foram realizados todos os protocolos de segurança na transferência da criança entre o Hospital de Trauma e o Isea e confirmou um “destravamento da maca”, mas que não teria sido responsável pela morte da criança.
“Ainda houve um destravamento da maca, mas a incubadora onde a criança estava sendo transportada não sofreu impacto significativo para o agravamento da saúde da criança, sem relação alguma com o óbito da menina”. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil em Campina Grande.