Um estudo conduzido por cientistas chineses e publicado no Jornal de Virologia Médica levanta suspeita de que o surto de coronavírus no país asiático possa ter relação com uma iguaria local: a sopa de morcego.
"Os resultados obtidos em nossas análises sugerem que o 2019‐nCoV [nome oficial do novo vírus] parece ser um vírus recombinante entre o coronavírus de morcego e um coronavírus de origem desconhecida", afirmam os autores.
O novo coronavírus já infectou cerca de 600 pessoas desde o fim de dezembro, sendo que 17 delas morreram. Os principais sintomas são febre e problemas respiratórios, incluindo pneumonia.
Imediatamente, pessoas se manifestaram nas redes sociais afirmando que em Wuhan, cidade onde o surto iniciou, a sopa de morcegos silvestres é um prato comum.
@Dystopia – #HongKong is NOT China@Dystopia992
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#ChinaPneumonia — “Bat Soup” on diners’ desk.#Wildlife animals hv ALWAYS been “delicacies” in #China, some even claim they can improve health & sex performance.
Let’s NOT forget #Bats are reservoirs for <60 viruses.#coronavirus #Wuhan
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07:11 – 22 de jan de 2020
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Sabe-se que os coronavírus são transmitidos de animais para humanos e, posteriormente, a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa.
O local onde os primeiros casos foram relatados foi um mercado de frutos do mar e de animais vivos em Wuhan.
Imediatamente, o espaço foi interditado e desinfetado por autoridades sanitárias, o que não impediu que o número de pessoas infectadas continuasse a aumentar.
Um estudo anterior, de 2017, publicado no China Science Bulletin, ressaltava que "os morcegos estão conectados ao crescente número de vírus emergentes e re-emergentes que podem quebrar a barreira das espécies e se espalhar para a população humana".
"Os coronavírus são um dos vírus mais comuns descobertos em morcegos, que foram considerados a fonte natural de coronavírus recentes suscetíveis a humanos, como SARS-CoV e MERS-CoV."
A SARS (síndrome respiratória aguda grave), surgida na China em 2002, e a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), com origem na Arábia Saudita, em 2012, tiveram surtos parecidos com o atual.
A primeira registrou cerca de 8.000 infectados, com algo em torno de 800 mortes. A segunda teve 2.200 casos e 790 óbitos.