A misteriosa pneumonia que apareceu na China está preocupando as autoridades: uma segunda pessoa morreu, dezenas de pessoas estão infectadas e a Tailândia acaba de anunciar um segundo caso nesta sexta-feira (17).
De acordo com a Comissão Municipal de Higiene e Saúde, um chinês de 69 anos morreu na última quarta-feira (15) em Wuhan, no centro do país. Todos os casos chineses foram identificados na cidade de 11 milhões de pessoas.
As autoridades de saúde locais tentaram tranquilizar a opinião pública nesta semana, afirmando que o risco de transmissão do vírus entre humanos, se não foi excluído, é considerado baixo".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quinta-feira (16) que "ainda há muito a descobrir sobre o novo coronavírus". "Não sabemos o suficiente para tirar conclusões definitivas sobre seu modo de transmissão", ressaltou.
A cepa é um novo tipo de coronavírus, uma família com um grande número de vírus. Eles podem causar doenças leves nos seres humanos (como um resfriado), mas também outras mais graves. As autoridades chinesas descartaram, por enquanto, o ressurgimento deste último vírus.
A epidemia alimenta o temor do ressurgimento do vírus SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), altamente contagioso, que matou cerca de 650 pessoas na China continental e em Hong Kong em 2002-2003.Um chinês de 61 anos já havia morrido na semana passada. De acordo com o último balanço, pelo menos 41 pacientes foram identificados em Wuhan. Destes, 12 receberam alta, e cinco ainda estão em estado grave. Segundo a Comissão de Saúde de Wuhan, a maioria dos pacientes é do sexo masculino e em idade mais avançada.
A investigação das autoridades chinesas constatou que vários pacientes trabalhavam em um mercado da cidade especializado em frutos do mar e peixes. O município tomou várias medidas, ordenando, em particular, o fechamento do estabelecimento em questão, onde foram realizadas operações de desinfecção e análises.
Tailândia e Japão
Outros casos desta misteriosa pneumonia foram detectados no exterior: dois na Tailândia, e um, no Japão. As autoridades desses dois países alegam que os pacientes foram a Wuhan antes de sua hospitalização.
O ministério da Saúde da Tailândia informou o segundo caso nesta sexta-feira (17). Trata-se de uma viajante chinesa de 74 anos hospitalizada após chegar em 13 de janeiro no aeroporto de Bangoc. "As pessoas não devem entrar em pânico, pois não há disseminação da doença na Tailândia", disseram as autoridades sanitárias do país.
A China não anunciou restrições de viagem no país. Já as autoridades de Hong Kong (sul) reforçaram suas medidas de detecção nas fronteiras do território autônomo, em particular com detectores de temperatura corporal.