Água em abundância no Cariri paraibano e enchendo o aniversariante da semana. As chuvas que caíram na Paraíba e encheram os rios Taperoá e Cariri, continuam levando água para o Açude Epitácio Pessoa localizado no município de Boqueirão e que esta semana completa 63 anos.
O reservatório, responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento da Borborema, teve um aumento de aproximadamente 20 milhões de m³ em sua lâmina de água.
Segundo os dados atualizados pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), o volume atual do açude é de 87,70 milhões de m³, o que corresponde a um aumento de 19,03 milhões de m³.
De acordo com o técnico do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Severino Normandia, o reservatório aumentou 1,65 m na lâmina d’água. O açude está com 18,8% da sua capacidade total.
Segundo os dados da Aesa, no dia 8 de janeiro, o açude de Boqueirão tinha cerca de 68,67 milhões de m³ e, conforme os dados, o volume subiu para os 87,70 milhões de m³.
O aumento representativo do volume do açude se deve às chuvas em outros municípios do estado. Em apenas 48 horas, a barragem de São Gonçalo, em Sousa, recebeu um aporte de 55 mil m³ e o de Coremas ganhou 181 mil m³.
Construído há 63 anos pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs), o Epitácio Pessoa recebeu neste final de semana, uma das maiores cheias no período de menos de 24h nos últimos 15 anos. Em menos de uma semana, a lâmina de água subiu um metro e meio, o que corresponde a 16,8 milhões de metros cúbicos de nova água, segundo dados da AESA.
Com capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água, o manancial foi inaugurado em 16 de janeiro de 1957 e logo se transformou na principal fonte de abastecimento de Campina Grande.
Segundo o especialista e recursos hídricos, Isnaldo Luna, que durante 20 anos monitorou o açude como gerente de bacias hidrográficas da Aesa, o açude de Boqueirão divide momentos de sangrias maravilhosas, mas também de secas terríveis.
Desde a inauguração, há quase 63 anos, Boqueirão sangrou 18 vezes, nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986 e 1989. Depois ele passou 15 anos sem sangrar.