O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, falou em suas redes sociais sobre os incêndios da Austrália, considerados os piores das últimas décadas. Mais de três milhões de hectares já foram queimados desde setembro.
Lorenzoni falou sobre fake news capitaneadas com as queimadas na Amazônia. “Aqui nenhuma morte a lamentar, as queimadas foram controladas pelo Exército Brasilieiro, por inédita GLO Ambiental decretada por BOLSONARO”, escreveu no Twitter.
Nesta quarta-feira (1º) três pessoas morreram em decorrência dos incêndios. O comissário adjunto da Polícia de Nova Gales do Sul, Gary Worboys, informou em coletiva de imprensa que uma pessoa ainda estava desaparecida.
Para o ministro, o silêncio e Emmanuel Macron, presidente da França, é “prova de que nunca se tratou de preservação ambiental, e sim de ideologia e mentiras” e acrescentou que Macron e “os verdes” atacaram o Brasil com fake news “apenas porque o Presidente é Jair Bolsonaro, o líder que não se dobra à agenda esquerdista”.
Na Austrália, cerca de 50 mil casas estão sem eletricidade na costa sul do estado de Victoria, o mais afetado pelos incêndios e onde cerca de 2,5 mil agentes combatem mais de uma centena de fogos.
O país autorizou nesta quinta-feira (2) a retirada forçada de moradores dos estados mais devastados pelos incêndios. Os serviços meteorológicos alertam para um novo pico de calor no sábado.
A chefe do governo estadual de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, declarou estado de emergência com duração de sete dias para permitir a retirada forçada de pessoas a partir de sexta-feira.
Vários incêndios descontrolados devastaram o sudeste do país na véspera do Ano Novo, matando oito pessoas. Foi o dia com maior número de mortes desde o início da crise.
Desde setembro, os incêndios na Austrália já provocaram a morte de pelo menos 16 ou 18 pessoas, mas o balanço poderá subir, já que as autoridades de Victoria avisaram hoje que há 17 pessoas desaparecidas naquele estado.
Mais de 400 casas foram destruídas nos últimos dias, número que deverá aumentar à medida que os bombeiros conseguem chegar às aldeias mais remotas.
Dois navios chegaram hoje de manhã à cidade costeira de Mallacoota, onde as pessoas estão, desde terça-feira, refugiadas na praia para fugir das chamas que atingiram a cidade.
Em um primeiro momento, deverão ser retiradas até 4 mil pessoas, mas as operações podem durar várias semanas, segundo as autoridades.
Desde o início da temporada de incêndios, mais de 1,3 mil casas foram reduzidas a cinzas e 5,5 milhões de hectares foram destruídos, o que representa uma área maior que a de um país como a Dinamarca ou a Holanda.
A crise provocou protestos para exigir do governo medidas imediatas contra o aquecimento global. Cientistas dizem ser esta a causa destes incêndios.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que renovou recentemente o seu apoio à indústria de carvão australiana, tem sido amplamente criticado.