Em julgamento realizado nessa quinta-feira, 19, o Tribunal do Júri da comarca de Itaporanga condenou o réu José Otávio Pereira Deocleciano, conhecido como Tavinho, a 14 anos de reclusão pelo assassinato do jovem Flávio Pereira Paulo, crime ocorrido na noite de 24 de junho de 2015, na Rua Paulo Costa Lima, bairro Alto das Neves, em Itaporanga.
À época em que foi executada, a vítima tinha 29 anos e um filho pequeno, então criado pela ex-companheira. O réu respondia pelo crime em liberdade, depois de se apresentar à delegacia de Itaporanga espontaneamente e confessar o homicídio, mas terminou preso na cidade de Patos por envolvimento em outro delito contra a vida. Apesar da condenação na comarca local, ele vai permanecer recolhido ao presídio patoense.
A sessão de julgamento foi presidida pela juíza Brena Brito. Na acusação, atuou o promotor Edmilson Neto, que pediu a condenação do réu por entender que havia no conteúdo processual prova suficiente da autoria do delito e conseguiu convencer o Conselho de Sentença. O réu, que inicialmente tinha confessado o delito, motivado por supostas ameaças, que recebia da vítima, depois passou a negar envolvimento no caso.
Tanto familiares da vítima quanto do acusado, que foi defendido por advogados particulares, compareceram ao julgamento, que teve alguns instantes tensos, especialmente quando o promotor duvidou da veracidade da versão apresentada por um dos depoentes, considerada contraditória, e ameaçou prendê-lo em flagrante por falto testemunho, o que terminou não ocorrendo.