O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira o orçamento para 2020. O principal foco do para os próximos três anos é a redução da dívida bancária do clube em 50% ano a ano. Estima-se que atualmente a dívida com bancos (conta garantida, financiamento, antecipação de recebíveis de venda de ordem e empréstimo) chega a R$ 55 milhões.
Outra mudança será no que diz respeito à cobrança sobre as diretorias do clube. À partir de 2020, os diretores devem apresentar seus resultados mês a mês. O objetivo é ter mais transparência no trabalho e que cada diretor seja cobrado por metas.
A proposta também projeta para o ano que vem receitas de 33 milhões de euros (cerca de R$ 154 milhões) com negociações de jogadores, sendo 75% do valor recebido à vista. Haverá também corte na folha salarial. No início de dezembro, quatro funcionários da comissão técnica foram demitidos.
De janeiro a agosto, o relatório da diretoria do São Paulo apresentava déficit de R$ 76,5 milhões.
Durante as discussões no Conselho de Administração para definir o orçamento de 2020, o clube programava receber R$ 80 milhões com negociações de atletas até o fim do ano.
Antony, Walce e Liziero são os jogadores do elenco do São Paulo mais visados no mercado da bola. O atacante é alvo do Borussia Dortmund e do RB Leipzig, enquanto o zagueiro desperta interesse do Bragantino, com o qual há conversas em andamento.
As eliminações precoces na Libertadores e Copa do Brasil, o investimento no futebol, dívidas de processos e quedas de receitas são alguns dos fatores que contribuíram para o prejuízo financeiro.
As premissas da proposta orçamentária de 2020 serão usadas como base de 2021 a 2023. Mas ano a ano esses números serão revisados e novamente aprovados. Em dezembro do ano que vem, o clube vai eleger um novo presidente. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não poderá tentar a reeleição.