Depois de mais de 30 anos dizimado pela praga do bicudo, o algodão começa, aos poucos, a voltar às terras do Vale, onde muitos agricultores iniciaram o plantio nos últimos dois anos e estão resgatando a cultura algodoeira regional livres do picudo.
O agricultor José Carlos de Lacerda foi quem mais produziu algodão este ano no Vale. Em sua propriedade no sítio Barriguda, município de Curral Velho, ele colheu quase três toneladas de algodão numa hectare plantada. O produto teve mercado garantido e no próximo ano, caso tenha inverno, José Carlos pretende duplicar a área plantada.
“Meu pai, até o final da década de 70 cultiva algodão, que gerava muito dinheiro naquele tempo, e hoje, depois de tantas décadas, eu estou resgatando a luta do meu pai com o algodão e estou satisfeito”, comentou o agricultor, ao informar que tem recebido orientação técnica da Empaer, antiga Emater.
Segundo Wendel Max, agente de desenvolvimento do órgão de extensão rural, o resgate da cultura algodoeira no Vale faz parte do projeto Algodão Paraíba criado pela antiga Emater e que estimula o plantio de algodão no interior do estado, fornecendo orientação técnica e sementes certificadas aos agricultores que aderirem ao projeto. O governo também viabiliza a venda do produto graças a uma parceria com a Norfil S/A Indústria Têxtil e a Cooperativa de Produção Têxtil Afins do Algodão (Coopnatural).
