A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) entrou, nessa quarta-feira (18),com um pedido de Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar evitar a prisão do socialista que é um dos alvos da sétima fase da Operação Calvário, denominada de ‘Juízo final’.
Os advogados alegam “desnecessidade da prisão” de Ricardo já que as investigações são relativas aos anos em que o socialista esteve no comando do Estado e que atualmente, Coutinho está rompido com o atual governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), e que por isso não teria relação direta com a gestão.
“Hoje, o Paciente não ocupa cargo público e não mais possui qualquer relação com o atual Governo do Estado da Paraíba. Outra evidência da descontinuidade do governo anterior na presente gestão é a exoneração, promovida por João Azevedo, de diversos servidores ocupantes de cargos nos mandatos do Paciente, inclusive daqueles mencionados pelo decreto prisional, que teriam assumido o cargo por sua indicação em julho de 2018 (fls. 39). Isto é, a prisão preventiva do Paciente não se justifica, em razão da estrutura do governo atual ter se alterado profundamente, tendo os próprios servidores investigados sido exonerados pela nova gestão”, justifica o pedido.
Confira o documento apresentado pela defesa ao STJ
A defesa argumenta ainda que Ricardo possui a guarda de um filho de nove anos que “possui transtornos psiquiátricos e depende único e exclusivamente de seu pai para o sustento e cuidados médicos”.