Os três jovens acusados de envolvimento na morte do estudante Higor Natan em outubro de 2014, em João Pessoa, foram condenados a 21, 20 e 19 anos de prisão em regime fechado, após julgamento que aconteceu nesta quarta-feira (18) no 2º Tribunal do Júri da Comarca da capital. Os réus vão responder por homicídio qualificado por motivo torpe. Foram ouvidas três testemunhas de defesa e quatro de acusação. Igo Natan era da família Figueiredo, da cidade de Conceição.
Rafael Nunes Monteiro foi considerado o responsável por atirar na vítima, que morreu após dois disparos de arma de fogo. Ele foi condenado a 21 anos de reclusão, enquanto que Francisco José Oliveira foi condenado a 20 anos e Havid José Pereira a 19 anos, todos em condição de regime fechado e em presídio estadual.
O universitário, de 21 anos, morreu no dia 7 de outubro de 2014 após ser baleado duas vezes no momento em que chegava no condomínio em que residia, no bairro dos Bancários, na Zona Sul de João Pessoa. Segundo informações levantadas pela Polícia Militar, pouco depois do assassinato, dois homens em uma motocicleta teriam abordado a vítima e atirado duas vezes contra o jovem. Os tiros atingiram o pescoço do universitário, que morreu no local antes de receber atendimento médico.
A Delegacia de Homicídios de João Pessoa, que investigou o crime, apontou que a morte foi uma execução e não latrocínio (roubo seguido de morte). O assassinato teria sido motivado por um relacionamento ocorrido entre um dos suspeitos e a namorada da vítima, conforme informou na época o delegado Reinaldo Nóbrega, responsável pelas investigações
Um dos acusados de matar o universitário foi preso no dia 7 de novembro de 2014 na cidade de Patos, no Sertão. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Crimes contra Pessoa, a Homicídios, da capital e o acusado, Rafael Nunes Monteiro, na época suspeito do crime, foi apresentado na Central de Polícia da capital.
No dia 6 de abril de 2015 foi realizada a primeira Audiência de Instrução do caso no Forúm Criminal de João Pessoa. Na audiência, que durou mais de duas horas, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação e quatro testemunhas de defesa. Na época, Rafael Nunes negou envolvimento no crime e disse que estava em casa no dia do assassinato.
O Ministério Público alegou que havia indícios de autoria do assassinato por parte de Rafael. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou a soltura de Rafael Nunes Monteiro no dia 12 de fevereiro de 2016.
Foi preso no dia 31 de outubro de 2018 o segundo suspeito de participar do assassinato do estudante universitário Higor Natan Norges. Havyd José Pereira Lins foi preso no balcão da loja onde estava trabalhando, na Avenida Assis Chateaubriand, no bairro Jardim Paulistano, em Campina Grande.